Irmãos, 19já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. 20Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. 21É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo Santo no Senhor. 22E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.
Os céus proclamam a glória do Senhor, * e o firmamento, a obra de suas mãos; 3o dia ao dia transmite esta mensagem, * a noite à noite publica esta notícia. 4Não são discursos nem frases ou palavras, * nem são vozes que possam ser ouvidas; 5seu som ressoa e se espalha em toda a terra, * chega aos confins do universo a sua voz.
Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
Caríssimos irmãos e irmãs! Celebramos hoje a festa litúrgica de dois apóstolos: “Simão, chamado Zelota, e Judas, o filho de Tiago” (Lc 6, 15-16). Ambos faziam parte do grupo dos Doze Apóstolos, que foram chamados por Jesus, e foram eleitos por Cristo para fazerem parte do grupo dos “Doze Apóstolos”.
Embora os apóstolos Simão e Judas fizessem parte daquele grupo dos Doze Apóstolos eleitos por Jesus, não nos foi dado nenhuma outra referência sobre eles, além de seus nomes na lista dos Doze Apóstolos, registrados nos Evangelhos sinóticos. Inclusive existem algumas discrepâncias nas listas dos nomes destes apóstolos. Diferente daquilo que encontramos no Evangelho de Lucas, o Evangelho de Mateus dizia o seguinte: Dentre os Doze Apóstolos havia “Tadeu e Simão o Cananeu” (Mt 10, 3-4). Por isso, o Judas, filho de Tiago era também chamado de “Tadeu”. E Simão, chamado Zelota, era também “o cananeu”. No Evangelho de Marcos estes dois apóstolos aparecem com as seguintes denominações: “Tadeu e Simão o Zelador” (Mc 3, 18). Assim sendo, devemos denominá-los da seguinte forma: Judas Tadeu e Simão o Zelota ou cananeu.
Além destas referências encontradas na Sagrada Escritura, nós não possuímos nenhuma referência sobre a atividade apostólica e missionária destes dois Apóstolos. A tradição da Igreja deu um testemunho muito vago sobre os apóstolos Judas Tadeu e Simão, o Zelota, dizendo que estes dois apóstolos exerceram juntos o seu ministério nas regiões da Pérsia – atual Irã – e ali concluíram o seu ministério apostólico com um glorioso martírio. Poderíamos talvez atribuir a estes apóstolos as virtudes da modéstia, da humildade, e da discrição, por terem realizado a sua obra apostólica longe dos olhos humanos, para serem visto apenas pelo Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Eles evangelizaram mais pelo testemunho de vida do que por palavras, como dizia o Salmo: “Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz” (Sl 18, 4-5).
Graças ao seu testemunho e à sua pregação, o Evangelho foi ensinado no mundo inteiro. Pois, junto com os outros dez apóstolos, eles exerceram aquela função apostólica, que Jesus lhes confiara, de serem as colunas e o fundamento da Igreja de Cristo. Como disse São Paulo aos cristãos da comunidade de Éfeso: “Irmãos, já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal” (Ef 2, 19-20).
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