Moisés dirigiu a palavra ao povo de Israel e lhe disse: 16“Hoje, o Senhor teu Deus te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma. 17Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos, e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedeceres à sua voz. 18E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. 19Assim ele te fará ilustre entre todas as nações que criou, e te tornará superior em honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele disse”.
Feliz o homem sem pecado em seu caminho, * que na lei do Senhor Deus vai progredindo! 2Feliz o homem que observa seus preceitos, * e de todo o coração procura a Deus! 4Os vossos mandamentos vós nos destes, * para serem fielmente observados. 5Oxalá seja bem firme a minha vida * em cumprir vossa vontade e vossa lei! 7Quero louvar-vos com sincero coração, * pois aprendi as vossas justas decisões. 8Quero guardar vossa vontade e vossa lei; * Senhor, não me deixeis desamparado!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.
Caríssimos irmãos! A Liturgia da Palavra anuncia a todos nós a mensagem integral dos Mandamentos da Lei de Deus, dizendo que os preceitos da nova Lei do Evangelho de Cristo são os mesmos do Decálogo que foi dado a Moisés no monte Sinai, elevados à sua mais alta perfeição!
Os mandamentos divinos nos foram dados para que vivamos na justiça e na dignidade, amando-nos e respeitando-nos mutuamente. E, na medida em que praticássemos estas leis, seríamos felizes, pois, “é feliz quem na lei do Senhor Deus vai progredindo” (Sl 118,1)! Sim, há uma certa felicidade espiritual que se pode desfrutar já agora, aqui neste mundo! É verdade, caros irmãos, esta felicidade é uma espécie de retribuição, ou uma forma de recompensa espiritual que a graça divina nos fornece, quando realizamos as obras que agradam a Deus. A nossa alma fica satisfeita depois de ter cumprido o seu dever; a nossa consciência fica feliz, alegre e cheia de paz, quando percebe que realizou uma boa obra ou obedeceu às normas da boa conduta, que recebeu do Senhor Deus. Por isso o Salmista dizia: “Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura a Deus” (Sl 118, 1-2)!
Moisés, por sua vez, transmitiu os mandamentos divinos da seguinte forma: “Hoje, o Senhor teu Deus te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma. Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos, e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedeceres à sua voz. E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. Assim ele te fará ilustre entre todas as nações que criou, e te tornará superior em honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele disse” (Dt 26, 18-19).
Jesus Cristo, ao anunciar o seu Evangelho, retomou estes mesmos mandamentos que foram dados ao Povo de Deus, por meio de Moisés, o seu profeta. Depois de corrigir as distorções introduzidas pelas más interpretações dos mestres da Lei e pelos fariseus, ele os elevou à sua forma mais perfeita e completa. Por isso Jesus submeteu os seus mandamentos à lei do amor, que se expressava no amor a Deus e no amor ao próximo! E este amor ao próximo deveria acontecer com aqueles que nos amam, bem como com aqueles que nos odeiam; amor aos amigos e aos inimigos! Esta norma desafiadora e extraordinária de amar os inimigos que nos perseguem e odeia, somente deveria ser praticada por aqueles que quisessem alcançar a forma mais perfeita, mais sublime e mais divina de amar, como Jesus disse: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa. Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 43-46; 48)!
E, para estimular-nos na prática deste amor aos inimigos que nos maltratam, ele disse duas coisas muito importantes: primeiro ele fez uma promessa de uma grande recompensa no Reino dos Céus, de sermos integrados à família de Deus, dizendo: “Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt 5, 44-45)! E , a seguir Jesus declarou que este amor era o mais alto grau de perfeição humana neste mundo, dizendo: “Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 44-45; 48).
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