Irmãos, 2foi construída uma primeira tenda, chamada o Santo, onde se encontravam o candelabro, a mesa e os pães da proposição. 3Atrás da segunda cortina, havia outra tenda, chamada o Santo dos Santos. 11Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, 12e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, 14quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha.
Povos todos do universo, batei palmas,* gritai a Deus aclamações de alegria! 3Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo,* o soberano que domina toda a terra. 6Por entre aclamações Deus se elevou,* o Senhor subiu ao toque da trombeta. 7Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa,* salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei! 8Porque Deus é o grande Rei de toda a terra,* ao som da harpa acompanhai os seus louvores! 9Deus reina sobre todas as nações,* está sentado no seu trono glorioso.
Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.
Caríssimos irmãos! A Liturgia da Palavra de hoje nos coloca diante de Jesus Cristo, em duas situações bem diversas. Primeiramente o encontramos em sua casa em Cafarnaum, rodeado de uma grande multidão. E em outra situação o encontramos na sua Tenda Celeste e divina, exercendo ali o seu ministério sacerdotal e régio, como Sumo Sacerdote dos bens eternos e como rei e soberano de todos os homens.
Na medida em que Jesus tornava-se, gradativamente, mais conhecido, as pessoas começavam a aglomerar em torno dele em grandes multidões. Muitas pessoas queriam vê-lo, encontrar-se com ele, e presenciar algum prodígio. Muitos vinham até Jesus para ouvir sua pregação, mas sobretudo, movidos pela curiosidade de verificar os fenômenos extraordinários e maravilhosos que Ele realizava.
Muitos começaram a formar um conceito muito elevado de Jesus, reconhecendo-o como um profeta, ou amigo de Deus, cheio de dons e de graças divinas. A sua fama crescia! As pessoas naturalmente se sentiam atraídas por ele e queriam estar ao seu lado, para acompanhá-lo de perto, e presenciar aquele espetáculo de prodígios. Os que ouviram dizer que ele fazia milagres, sobretudo aqueles que apresentavam alguma deficiência ou enfermidade, alimentavam grande expectativa de se beneficiarem dos seus poderes sobrenaturais, obtendo a graça de alguma cura milagrosa. Todos que se acercavam de Jesus se sentiam muito bem acolhidos por ele, ficando muito bem impressionados com sua afabilidade, simplicidade, mansidão e acolhimento. Todos eram tratados com extrema cordialidade, respeito e bondade.
Esta multidão de pessoas que o rodeava, o elogiava e o aclamava! E por estarem de tal modo maravilhadas e extasiadas por este Messias e Filho de Davi, poderiam estar elevando a Deus a seguinte oração: “Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra. Por entre aclamações Deus se elevou. Porque Deus é o grande Rei de toda a terra.” (Sl 46, 2-3; 6-8)! Pois, este Jesus Cristo, o Verbo de Deus, veio a este mundo para inaugurar um novo e eterno sacerdócio, como revelou o Espirito Santo na Carta aos Hebreus, dizendo: “Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna” (Hb 9, 11-12).
Entretanto, na mesma proporção que aumentava a sua fama entre as pessoas que o amavam, o apreciavam e o louvavam, também começavam a aparecer, sorrateiramente, as pessoas com más intenções, movidas pela inveja e pelo ciúme, e que começavam a fazer comentários negativos e depreciativos a respeito dele. Facilmente levantavam suspeitas, calúnias e acusações. Provocavam, com isso, certos tumultos agressivos, com acusações infames e até perseguições. A inveja costuma provocar tais reação e acaba, normalmente, pervertendo tudo. No Evangelho que acabamos de ouvir, nós vimos como os seus familiares estavam ficando agressivos e hostis com Jesus. E muitas vezes estas oposições agressivas vem de quem menos se espera, sobretudo de pessoas do círculo familiar.
A inveja de alguns familiares de Jesus fez com que se sentissem incomodados com a sua fama e com sua simpatia e bondade de acolher as pessoas que vinham até ele. Como disse o evangelista Marcos: “Naquele tempo, Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si” (Mc 3, 20-21). Movidos por inveja e pela malícia de seus corações, instigados pelo Maligno, os próprios familiares começaram a persegui-lo, tomando, por pretexto, a acusação de que Jesus estivesse ficando louco!
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