A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Que provérbio é esse que andais repetindo em Israel: ‘Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos ficaram embotados?’ 3Juro por minha vida – oráculo do Senhor Deus – já não haverá quem repita esse provérbio em Israel. 4Todas as vidas me pertencem. Tanto a vida do pai como a vida do filho são minhas. Aquele que pecar, é que deve morrer. 5Se um homem é justo e pratica o direito e a justiça, 6não participa de refeições rituais sobre os montes, não levanta os olhos para os ídolos da casa de Israel, não desonra a mulher do próximo, nem se aproxima da mulher menstruada; 7se não oprime ninguém, devolve o penhor devido, não pratica roubos, dá alimento ao faminto e cobre de vestes o que está nu; 8se não empresta com usura, nem cobra juros, afasta sua mão da injustiça, e julga imparcialmente entre homem e mulher; 9se vive conforme as minhas leis e guarda os meus preceitos, praticando-os fielmente, tal homem é justo e, com certeza, viverá – oráculo do Senhor Deus. 10Mas, se tiver um filho violento e assassino, que pratica uma dessas ações, 13porque fez todas essas coisas abomináveis, com certeza, morrerá; ele é responsável pela sua própria morte. 30Pois bem, vou julgar cada um de vós, ó casa de Israel, segundo a sua conduta – oráculo do Senhor Deus. Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões, a fim de não terdes ocasião de cair em pecado. 31Afastai-vos de todos os pecados que praticais. Criai para vós um coração novo e um espírito novo. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel? 32Pois eu não sinto prazer na morte de ninguém – oráculo do Senhor Deus. Convertei-vos e vivereis!”
Criai em mim um coração que seja puro,* dai-me de novo um espírito decidido. 13Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,* nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! 14Dai-me de novo a alegria de ser salvo* e confirmai-me com espírito generoso! 15Ensinarei vosso caminho aos pecadores,* e para vós se voltarão os transviados. 18Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,* e, se oferto um holocausto, o rejeitais. 19Meu sacrifício é minha alma penitente,* não desprezeis um coração arrependido!
Naquele tempo, 13levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14Então Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. 15E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Palavra de Deus, que acabamos de ouvir, garante a salvação e a vida eterno no Reino de Deus a todos aqueles que evitarem de cometer pecados graves, preservando-se na justiça e na santidade; da mesma forma como fazem as crianças, preservando-se na inocência e na santidade. Mas, sobretudo, entrarão no Reino dos céus todos aqueles que se arrependerem sinceramente de seus pecados. Por isso, Jesus disse, em forma de oração ao Pai celeste: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores” (Mt 11, 25)!
Jesus, de um modo muito simples e singelo, ensinava aos seus discípulos os mistérios do Reino, que consistia no caminho da vida e da Salvação. Por isso, ele ensinava-lhes os meios de entrar no Reino dos céus, apontando para as crianças. Não pela sua condição infantil e ingênua, mas pela sua inocência e pela sua conduta de vida, pois elas se mantém sempre afastadas de qualquer maldade e de todo pecado. Por isso, quando certo dia os pais apresentavam suas crianças a Jesus, para que ele as abençoasse, Jesus disse aos seus discípulos: “Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali” (Mt 19, 14-15).
Certo dia, a palavra do Senhor foi dirigida ao profeta Ezequiel, para que ele instruísse os filhos de Israel a respeito de uma grave distorção que estava sendo divulgada no meio do povo, dizendo: “Que provérbio é esse que andais repetindo em Israel: ‘Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos ficaram embotados?’ Juro por minha vida – oráculo do Senhor Deus – já não haverá quem repita esse provérbio em Israel” (Ez 18, 2-3). E, para combater esta injustiça e falsidade, Deus esconjurou a Ezequiel para que ele ensinasse a verdade sobre o juízo divino, dizendo: “Todas as vidas me pertencem. Tanto a vida do pai como a vida do filho são minhas. Aquele que pecar, é que deve morrer. Pois, se algum homem justo tiver um filho violento e assassino, que pratica uma dessas ações, porque fez todas essas coisas abomináveis, com certeza, morrerá; ele é responsável pela sua própria morte” (Ez 18, 12-13). O mesmo critério há de se aplicar ao homem justo. “Pois, se um homem é justo e pratica o direito e a justiça, se vive conforme as minhas leis e guarda os meus preceitos, praticando-os fielmente, tal homem é justo e, com certeza, viverá – oráculo do Senhor Deus” (Ez 18, 4-5; 9).
Desta forma, todo homem será, com certeza, julgado por Deus em conformidade com os seus próprios atos, visto que cada um será responsabilizado individualmente da sua própria conduta de vida, diante do tribunal do Senhor. Será, portanto, condenado à morte aquele que pecar; e receberá a vida e a salvação aquele que for justo e cumprir os mandamentos.
Entretanto, Deus se mostra sempre com um coração indulgente e misericordioso em relação aos pecadores, enquanto eles estiverem vivendo neste mundo. Se eles vierem a se arrepender de seus pecados e fizerem penitência, os seus pecados ser-lhes-ão perdoados, recebendo a vida como recompensa. Pois o próprio Deus disse: “Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões, a fim de não terdes ocasião de cair em pecado. Afastai-vos de todos os pecados que praticais. Criai para vós um coração novo e um espírito novo. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel? Pois eu não sinto prazer na morte de ninguém – oráculo do Senhor Deus. Convertei-vos e vivereis” (Ez 18, 30-32)!
Desta forma, todo penitente que estiver sinceramente arrependido de seus pecados pode elevar a Deus as suas preces, dizendo: “Ó Senhor, não me afasteis de vossa face nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido (Sl 50, 13-14; 19)!
WhatsApp us