Irmãos, 6“Quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”. 8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”. 10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça.
Feliz o homem que respeita o Senhor * e que ama com carinho a sua lei! 2Sua descendência será forte sobre a terra, * abençoada a geração dos homens retos! 5Feliz o homem caridoso e prestativo, * que resolve seus negócios com justiça. 6Porque jamais vacilará o homem reto, * sua lembrança permanece eternamente! 7Ele não teme receber notícias más: * confiando em Deus, seu coração está seguro. 8Seu coração está tranquilo e nada teme, * e confusos há de ver seus inimigos. 9Ele reparte com os pobres os seus bens, † permanece para sempre o bem que fez, * e crescerão a sua glória e seu poder.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24“Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje faz a memória gloriosa do Diácono e Mártir São Lourenço.
Este santo mártir da Igreja Primitiva, nasceu na Espanha, na primeira metade do século III. Recebendo o ministério do diaconato na Igreja de Roma, por volta do ano 250, foi eleito diácono e administrador dos bens da Igreja romana, pelo Papa Sisto II, em 257. Destacou-se deste modo, pela boa administração dos bens, pela sua piedade e pela caridade, dedicando um especial cuidado pelos pobres, pelas viúvas e pelas famílias dos cristãos perseguidos. Em 258, junto com o bispo de Roma, os presbíteros e os diáconos Lourenço foi condenado à prisão e à morte, por um decreto do Imperador Valeriano. Porém, antes de sua morte, ele distribuiu todos os bens da igreja entre os cristãos mais pobres, apresentando-os como os “tesouros da Igreja”; despertando, assim, a fúria dos seus carrascos. Por isso, foi martirizado e morto, assado numa grelha, no dia 10 de agosto de 258. E desde então, ele vem sendo venerado como um dos mártires mais célebres e corajosos da Igreja Católica.
As leituras que nós ouvimos fazem os elogios das inúmeras virtudes de São Lourenço, que se destacou na Igreja de Roma como um homem piedoso e dedicado às obras de misericórdia. Na administração dos bens da Igreja de Roma, demonstrou ter uma atenção toda especial pelos pobres. Com isso, sendo pessoalmente generoso, exortava a todos a serem caridosos e generosos com os pobres e necessitados. Ele trazia consigo as palavras do Salmista, que dizia: “Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente” (Sl 111, 5-6)!
São Lourenço tornou-se, assim, na Igreja romana, modelo destas virtudes evangélicas tão apreciadas por Cristo e pelos Apóstolos. Ele seguia com toda solicitude as palavras do Apóstolo Paulo, que dizia: “Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”. Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre” (2Cor 9, 7-9).
Depois de uma vida dedicada ao serviço da Igreja romana, sobretudo servindo aos irmãos pobres e perseguidos, São Lourenço ofereceu a sua vida em sacrifício, num glorioso martírio, acreditando que Deus haveria de dar-lhe a coroa da glória eterna e da bem-aventurança nos céus. Pois, o Diácono Lourenço acreditava firmemente nas palavras de Jesus, que dizia: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12, 24-25).
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