17Quero dar-te graças e louvar-te, e bendirei o nome do Senhor. 18Na minha juventude, antes de andar errante, procurei abertamente a sabedoria em minhas orações; 19diante do santuário eu suplicava por ela e até o fim vou procurá-la; ela floresceu como a uva temporã. 20Meu coração nela colocou sua alegria; meu pé andou por um caminho reto, e desde a juventude segui suas pegadas. 21Inclinei um pouco o ouvido e a acolhi, 22e encontrei para mim abundante instrução, e por meio dela fiz grandes progressos: 23por isso glorifico a quem me dá a sabedoria. 24Porque resolvi pô-la em prática, procurei o bem e não serei confundido. 25Minha alma aprendeu com ela a ser valente, e na prática da Lei procurei ser cuidadoso. 26Levantei minhas mãos para o alto e me arrependi por tê-la ignorado. 27Para ela orientei a minha alma e na minha purificação a encontrei.
A lei do Senhor Deus é perfeita, * conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, * sabedoria dos humildes. 9Os preceitos do Senhor são precisos, * alegria ao coração. o mandamento do Senhor é brilhante, * para os olhos é uma luz. 10É puro o temor do Senhor, * imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos * e justos igualmente. 11Mais desejáveis do que o ouro são eles, * do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, * que o mel que sai dos favos.
Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.
Caríssimos irmãos em Cristo nosso Senhor! As leituras da Liturgia da Palavra de hoje são uma continuidade das leituras de ontem. Tal ponto que o Evangelho ficaria incompreensível se não levássemos em conta os versículos anteriores, que falam sobre a expulsão do vendilhões do Templo. Por isso, “enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso” (Mc 11, 27-28).
Portanto, os sumos sacerdotes e as autoridades religiosas do Templo, logo depois do fato, foram pedir satisfação a Jesus, sobre a sua atitude e sobre as suas palavras ditas naquele momento. Pois, Jesus, além de expulsar os comerciantes, ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões” (Mc 11, 17). E naquele momento, “Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar” (Mc 11, 18).
Ao mesmo tempo em que eles estavam assustados com a audácia de Jesus, de os ter enfrentado de uma forma tão enérgica; a cólera e o ódio lhes cegavam os corações. Por isso, levantaram este interrogatório para arrancar da boca de Jesus um pretexto para incriminá-lo e, assim, matá-lo. Entretanto, eles nem perceberam que Jesus já lhes havia dito antes, às claras, citando a Escritura Sagrada, que ele era o Deus e Senhor daquele Templo, ao dizer-lhes: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’”(Mc 11, 17)?
Este santuário, o Templo de Jerusalém, como casa de oração, sempre foi para os judeus piedosos e tementes a Deus como o lugar de encontro com Deus, como dissera, outrora, o sábio profeta: “Quero dar-te graças e louvar-te, e bendirei o nome do Senhor. Na minha juventude, antes de andar errante, procurei abertamente a sabedoria em minhas orações; diante do santuário eu suplicava por ela e até o fim vou procurá-la; por isso glorifico a quem me dá a sabedoria” (Eclo 51, 17-19; 23). É no santuário em que se obtém a mais perfeita sabedoria que vem de Deus, pois, “a lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes” (Sl 18, 1).
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