“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor. 33Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, diz o Senhor: imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. 34Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor!’; todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado”.
Criai em mim um coração que seja puro, * dai-me de novo um espírito decidido. 13Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, * nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! 14Dai-me de novo a alegria de ser salvo * e confirmai-me com espírito generoso! 15Ensinarei vosso caminho aos pecadores, * e para vós se voltarão os transviados. 18Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, * e, se oferto um holocausto, o rejeitais. 19Meu sacrifício é minha alma penitente, * não desprezeis um coração arrependido!
Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus mas sim as coisas dos homens!”
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos confirma que a nova aliança que Deus prometeu realizar com o Povo de Israel – depois do exílio da Babilônio, quando Deus havia rompido a antiga aliança -, veio a acontecer muitos anos mais tarde, com a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus Cristo estabeleceu a nova aliança, em seu sangue, com os seus Doze Apóstolos, que eram todos membros do Povo Judeu.
Todos os profetas, depois do exílio do Povo Judeu na Babilônia, começaram a profetizar a respeito de uma nova alianças que Deus haveria de realizar com o Povo de Israel. Pois, aquela antiga aliança, feita com Moisés no deserto, caducou, devido à infidelidade do povo. Por isso Deus mandou dizer ao profeta Jeremias: “Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor” (Jr 31, 31-32).
Porém, esta nova aliança seria realizada em bases novas, estabelecendo uma relação muito mais íntima entre Deus e o povo. E tal aliança transformaria os corações das pessoas; pois, os seus pecados seriam perdoados e, assim, todos receberiam a graça divina para cumprirem os mandamentos, servindo a Deus em justiça e santidade. Por isso, o Senhor disse: “Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, diz o Senhor: imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. Todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado” (Jr 31, 33-34).
Tudo isto que os profetas antigos prometeram a respeito desta nova aliança, se realizou plenamente em nosso Senhor Jesus Cristo. Na passagem do Evangelho que nós ouvimos, nos foi apresentado o modo como Jesus realizou esta nova aliança. Primeiramente, Jesus não estabeleceu a nova aliança com as autoridades civis, e nem com as autoridades religiosas de Jerusalém. Mas ele realizou o pacto da nova aliança com aqueles Doze membros do Povo Judeu, que ele escolheu como seus Doze Apóstolos. Segundo, Jesus realizou o pacato da nova aliança na fé dos apóstolos, professada por Pedro, conforme está escrito no Evangelho: “Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (Mt 16, 15-17).
E, logo depois que Pedro professou a sua fé no Senhor Jesus Cristo, como o Filho de Deus, Jesus pactuou uma Nova Aliança com Pedro e os Doze Apóstolos, instaurando, assim, um Novo Povo de Deus na sua Igreja, conforme as palavras de Cristo: “Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 18-19).
E por último, esta nova aliança se daria no sangue de Cristo, que seria derramado pelos maus-tratos provocados pelas autoridades judaicas, dizendo: “Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (Mt 16, 21).
Por fim, caros irmãos, o Espírito Santo veio confirmar esta nova aliança com o seu novo povo, dizendo que esta aliança tinha a graça e o poder de regenerar e renovar os coração dos homens; purificando-os de todos os pecados e fortalecendo-os numa vida de santidade, dizendo: “Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido” (Sl 50, 12-14; 19).
WhatsApp us