No dia em que se cumpriam três meses da saída do Egito, Israel chegou ao deserto do Sinai. 9E o Senhor falou a Moisés: “Virei a ti numa nuvem escura, para que o povo ouça quando falar contigo, e creia sempre em ti”. 10Tendo Moisés transmitido ao Senhor as palavras do povo, O Senhor lhe disse: “Vai ao povo e santifica-os hoje e amanhã. Eles devem lavar as suas vestes, 11e estar prontos para o terceiro dia, pois nesse dia o Senhor descerá diante de todo o povo sobre a montanha do Sinai”. 17Moisés fez o povo sair do acampamento ao encontro de Deus, e eles pararam ao pé da montanha. 18Todo o monte Sinai fumegava, pois o Senhor descera sobre ele em meio ao fogo. A fumaça subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia violentamente. 19O som da trombeta ia aumentando cada vez mais. Moisés falava e o Senhor lhe respondia através do trovão. 20bO Senhor desceu sobre o monte Sinai e chamou Moisés ao cume do monte. E Moisés subiu.
Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.* A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente! 53No templo santo onde refulge a vossa glória. *A vós louvor, honra e glória eternamente! 54E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente! 55Sede bendito, que sondais as profundezas* A vós louvor, honra e glória eternamente! e superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente! 56Sede bendito no celeste firmamento. *A vós louvor, honra e glória eternamente! 57Obras todas do Senhor, glorificai-o. * A ele louvor, honra e glória eternamente!
Naquele tempo, 10os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que tu falas ao povo em parábolas?” 11Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. 12Pois à pessoa que tem, será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem, será tirado até o pouco que tem. 13É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem. 14Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’. 16Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.
Caríssimos irmãos e irmãs! Aparentemente parece que não há nenhuma semelhança entre as leituras que acabamos de ouvir. Porém, olhando com mais atenção, percebemos que entre o Evangelho de Mateus e o livro do Êxodo existe uma relação de contraste e paradoxo. Assim sendo, podemos verificar que o mesmo Senhor e Deus que se manifestou no monte Sinai é o mesmo Deus e Senhor Jesus Cristo, que estava naquela praia de Cafarnaum.
Lá, no deserto, “Moisés fez o povo sair do acampamento ao encontro de Deus, e eles pararam ao pé da montanha (Êx 19, 17) . Aqui, “Jesus saiu e sentou-se a beira mar, em Cafarnaum, e acercou-se dele uma grande multidão. E, por causa da multidão, Jesus se pôs numa barca e de lá fez a sua pregação (Cfr. Mt 13, 1-2).
Lá no monte Sinai “Deus se apresenta numa nuvem escura, para que o povo ouça quando falar contigo, Moisés, e ele creia sempre em ti”. Aqui, na praia, vemos Jesus Cristo, revestido de toda a simplicidade de um mero profeta que ensinava uma série de parábolas (Cfr Mt 13, 3). Lá, naquele tempo, toda a multidão estava atenta e assustada diante dos fenômenos aterradores; pois “todo o monte Sinai fumegava, pois o Senhor descera sobre ele em meio ao fogo. A fumaça subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia violentamente. O som da trombeta ia aumentando cada vez mais. Moisés falava e o Senhor lhe respondia através do trovão. O Senhor desceu sobre o monte Sinai e chamou Moisés ao cume do monte” (Êx 19, 17-20).
Aqui, Jesus Cristo, nada fez para atrair a atenção daquela multidão, por que se mostrava apática e distraída. Por isso disse Jesus aos apóstolos, que o questionavam sobre o motivo de falar em forma de parábolas: “É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutem, nem compreendam. Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’ (Mt 13, 13-15). Depois desta explicação, Jesus disse aos seus discípulos, aos quais ele não falava somente em parábolas, mas lhes dava a sua interpretação, dizendo-lhes: “Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram” Mt 13, 16-17).
Por fim, juntemo-nos, caros irmãos, ao profeta Daniel, para louvar a este Deus maravilhoso, que se manifestou no monte Sinai e nas praias de Cafarnaum, dizendo: “Sede bendito, que sondais as profundezas; a vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito no celeste firmamento. *A vós louvor, honra e glória eternamente. Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente (Dn 3, 52-57)!
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