Irmãos, 19uso uma linguagem humana, por causa da vossa limitação. Outrora, oferecestes vossos membros como escravos para servirem à impureza e à sempre crescente desordem moral. Pois bem, agora, colocai vossos membros ao serviço da justiça, em vista da vossa santificação. 20Quando éreis escravos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. 21Que fruto colhíeis, então, de ações das quais hoje vos envergonhais? Pois o fim daquelas ações era a morte. 22Agora, porém, libertados do pecado, e como escravos de Deus, frutificais para a santidade até à vida eterna, que é a meta final. 23Com efeito, a paga do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo, nosso Senhor.
É feliz quem a Deus se confia! 1Feliz é todo aquele que não anda * conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, * nem junto aos zombadores vai sentar-se; 2mas encontra seu prazer na lei de Deus * e a medita, dia e noite, sem cessar. 3Eis que ele é semelhante a uma árvore * que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, † e jamais as suas folhas vão murchar. * Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. 4Mas bem outra é a sorte dos perversos. † Ao contrário, são iguais à palha seca * espalhada e dispersada pelo vento. 6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, * mas a estrada dos malvados leva à morte.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.
Caríssimos irmãos e irmãs, em Cristo nosso Senhor! A Palavra de Deus que nos foi dada hoje na liturgia, pretende desmascarar as tramas malignas dos iníquos e dos pecadores, afim de revelar-nos o mistério da iniquidade que existe neste mundo. Os pecadores, os iníquos, os hipócritas e os injustos vivem em paz entre si, suportando-se mutuamente, mantendo uma boa convivência que é imposta pela força dos mais fortes e dos prepotentes. Entretanto, toda sociedade humana construída nestes princípios entra em colapso quando o justo se mete no meio deste agrupamento humano. O homem justo provoca desajustes e divisões nos injustos! O homem sincero e veraz desmascara os hipócritas e mentirosos! O homem espiritual e santo é odiado pelos malvados e perversos, que vivem segundo os impulsos da carne! Assim sendo, o homem bom e justo é manso, humilde e pacífico, que sofre com resiliência e paciência as agressões. Ele é vítima de ofensas e de violências praticadas pelos malvados prepotentes. Jesus, no Evangelho que ouvimos, disse que estava pronto e ansioso para enfrentar este mundo dos maus e dos pecadores. Com isso, ele sabia que iria criar a divisão e a discórdia entre eles, convertendo alguns pecadores, transformando-os em justos e santos. Estes seriam, no mundo, como ovelhas entre lobos, tornando-se vitimas pacificas das agressões dos malvados, inclusive dentro do ambiente doméstico das famílias. E Jesus disse, ainda, que ele iria à sua frente, como aquele “Cordeiro Manso e Humilde”, sacrificado pelos pecadores, no seu Batismo da Cruz. Por isso, Jesus declarou: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três” (Lc 12, 49-53). Assim sendo, o profeta Davi convocava os justo a se afastarem do convívio com os malvados, aproximando-se de Deus, procurando seguir os caminhos do Senhor, dizendo: “É feliz quem a Deus se confia! Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar” (Sl 1, 1-2). Ou ainda, conforme os conselhos que São Paulo deu aos cristãos de Roma, que foram justificados e santificados por Cristo, deveriam, de agora em diante, viver uma vida longe do pecado, para alcançar a vida eterna e a salvação. Por isso, Paulo os exortava, dizendo: “Outrora, oferecestes vossos membros como escravos para servirem à impureza e à sempre crescente desordem moral. Que fruto colhíeis, então, de ações das quais hoje vos envergonhais? Pois o fim daquelas ações era a morte. Agora, porém, libertados do pecado, e como escravos de Deus, frutificais para a santidade até à vida eterna, que é a meta final. Com efeito, a paga do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 6, 20-23).
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