Naqueles dias, os guardas 27levaram os apóstolos e os apresentaram ao sinédrio. O sumo sacerdote começou a interrogá-los, 28dizendo: “Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!” 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”. 33Quando ouviram isso, ficaram furiosos e queriam matá-los.
1Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / 2Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! 3Mas ele volta a sua face contra os maus / para da terra apagar sua lembrança. / 4Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. 5Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido. / 6Muitos males se abatem sobre os justos, / mas o Senhor de todos eles os liberta.
“Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida. 35O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. 36Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”.
Caríssimos discípulos e discípulas do Cristo Ressuscitado! Pelo segundo dia consecutivo, a Liturgia da Palavra nos apresenta a persistente tentativa de Jesus em converter a elite do povo judeu, a começar pelos Sumos Sacerdotes e todas as autoridades religiosas de Jerusalém. Eles eram, naquele tempo, os herdeiros das promessas dadas a Abraão e a Moisés. Antes de abandoná-los à própria sorte, era necessário que Jesus Cristo e os Apóstolos esgotassem todas as possibilidades de obter, ao menos de alguns, a conversão e a salvação!
Jesus usou todos os recursos possíveis para abrandar os seus corações, e estabelecer um diálogo respeitoso e racional, dizendo do seguinte modo: “Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3, 31-36). Portanto, irmãos: “Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! Mas ele volta a sua face contra os maus para da terra apagar sua lembrança” (Sl 33, 2-3).
Os Apóstolos, mesmo sendo perseguidos, aprisionados e maltratados por eles, não desistiram de dirigir-lhes a Palavra de Deus e apresentar-lhes o Evangelho do Cristo; cujo Cristo fora por eles assassinado, mas pelo poder de Deus ressuscitara dos mortos! Obedecendo às ordens divinas, os Apóstolos não deixaram de convocá-los à conversão, proclamando o Evangelho da Salvação, diante do Sinédrio reunido, dizendo: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem” (Jo 3, 29-32).
Mesmo sendo tratados por Deus com tanta solicitude pela sua salvação, a arrogância, a rebeldia, a obstinação e a dureza de coração prevaleceram em seus corações. Não restou a Deus, profundamente desapontado, dizer-lhes as palavras do Salmo 94: “Oxalá ouvísseis hoje a minha voz: ‘Não fecheis os vossos corações como em Meriba, como em Massa, no deserto aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras!’ Quarenta anos desgostou-me aquela raça e eu disse: ‘Eis um povo transviado, seu coração não conheceu os meus caminhos!’ E por isso lhes jurei na minha ira: ‘Não entrarão no meu repouso prometido'”(Sl 94 8-11)! “Pois, aquele que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3, 33).
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