Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão. 3Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; 5e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. 6Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo. 9Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. 10É pela graça de Deus que eu sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril: a prova é que tenho trabalhado mais do que os outros apóstolos – não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo. 11É isso, em resumo, o que eu e eles temos pregado e é isso o que crestes.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!* “Eterna é a sua misericórdia!” 2A casa de Israel agora o diga:* “Eterna é a sua misericórdia!” 16A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou,* a mão direita do Senhor fez maravilhas!” 17Não morrerei, mas ao contrário, viverei* para cantar as grandes obras do Senhor! 28Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! * Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores!
Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a molhar os seus pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”. 40Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” 41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” 43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”. 44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. 48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. 49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”
Caríssimos irmãos e irmãs! As três leituras da Liturgia da Palavra que acabamos de ouvir nos apresentam, num breve resumo, os mistérios da redenção de nossos pecados e de nossa salvação para a vida eterna.
Jesus Cristo, na passagem do Evangelho que ouvimos, nos apresentou um belíssimo e tocante testemunho do modo como ele, o nosso Redentor, realiza o perdão de nossos pecados; e como ele, o nosso Salvador, realiza a nossa salvação. Nestas palavras do Evangelho, Jesus nos mostrou que a nossa salvação tem o seu início em nossa redenção. Ou seja, quando nós formos movidos internamente, em nossas almas, por uma atitude de sincero arrependimento de nossos pecados e demonstrarmos amor a Cristo, ele, então, levado por sua misericórdia e compaixão, perdoa os nossos pecados; como aconteceu com aquela mulher pecadora: “Pois, naquele dia, uma mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a molhar os seus pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume” (Lc 7, 37-38). A seguir, Jesus disse ao farizeu: “Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor”. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados” (Lc 7, 47-48).
Por fim, Jesus não se dando por satisfeito em redimir aquela mulher de seus pecados, o divino Salvador lhe conferiu a graça da salvação, dizendo-lhe: “Tua fé te salvou. Vai em paz” (Lc 7, 50)!
Assim também o Salmista louvava o Senhor e o Redentor dos seus pecados, graças à sua eterna misericórdia, cantando: “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”” (Sl117, 1-2). E logo a seguir ele louvava o braço potente e forte do Salvador, que lhe deu vida e salvação, dizendo: “A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas!” Não morrerei, mas ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores” (Sl 117, 16-17; 28)!
São Paulo, em sua Carta aos Corintos fez um resumo do seu Evangelho de Redenção e de Salvação, dizendo: “Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim” (1Cor 15, 1-2). E ele completou dizendo que esta salvação e esta redenção aconteceram na vida dos cristãos daquela comunidade, graças à obra de salvação e de redenção do divino Redentor e Salvador, o nosso Senhor Jesus Cristo. Quando Jesus Cristo, o Redentor, morreu na cruz, ele conquistou para nós a remissão de nossos pecados, conforme o testemunho de Paulo, que disse: “Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Cor 15, 3).
E, por fim, ele completou dizendo que o mesmo Jesus Cristo, o nosso Salvador, ressuscitou e apareceu ao apóstolos, para dar-nos a salvação; conforme o testemunho das escrituras que diziam: “Ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo” (1Cor 15, 4-8).
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