Naqueles dias, 7o Senhor disse a Josué: “Hoje começarei a exaltar-te diante de todo Israel, para que saibas que estou contigo assim como estive com Moisés. 8Tu, ordena aos sacerdotes que levam a arca da aliança, dizendo-lhes: Quando chegardes à beira das águas do Jordão, ficai parados ali”. 9Depois Josué disse aos filhos de Israel: “Aproximai-vos para ouvir as palavras do Senhor vosso Deus”. 10aE acrescentou: “Nisto sabereis que o Deus vivo está no meio de vós e que ele expulsará da vossa presença os cananeus. 11Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a terra vai atravessar o Jordão adiante de vós. 13E logo que os sacerdotes, que levam a arca do Senhor de toda a terra, tocarem com a planta dos pés as águas do Jordão, elas se dividirão: as águas da parte de baixo continuarão a correr, mas as que vêm de cima pararão, formando uma barragem”. 14Quando o povo levantou acampamento para passar o rio Jordão, os sacerdotes que levavam a arca da aliança puseram-se à frente de todo o povo. 15Quando chegaram ao rio Jordão e os pés dos sacerdotes se molharam nas águas da margem — pois o Jordão transborda e inunda suas margens durante todo o tempo da colheita —, 16então as águas, que vinham de cima, pararam, formando uma grande barragem até Adam, cidade que fica ao lado de Sartã, e as que estavam na parte de baixo, desceram para o mar da Arabá, o mar Salgado, até secarem completamente. Então o povo atravessou, frente a Jericó. 17E os sacerdotes que levavam a arca da aliança do Senhor conservaram-se firmes sobre a terra seca, no meio do rio, e ali permaneceram até que todo Israel acabasse de atravessar o rio Jordão a pé enxuto.
Quando o povo de Israel saiu do Egito, * e os filhos de Jacó, de um povo estranho, 2Judá tornou-se o templo do Senhor, * e Israel se transformou em seu domínio. 3O mar, à vista disso, pôs-se em fuga, * e as águas do Jordão retrocederam; 4as montanhas deram pulos como ovelhas, * e as colinas, parecendo cordeirinhos. 5Ó mar, o que tens tu, para fugir? * E tu, Jordão, por que recuas deste modo? 6Por que dais pulos como ovelhas, ó montanhas? * E vós, colinas, parecendo cordeirinhos?
Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caíu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.
Caríssimos irmãos e irmãs! Assim como o milagre da passagem do mar Vermelho, a pé enxuto, foi a confirmação da “Libertação do Egito”, o milagre da travessia do rio Jordão, cujas águas recuaram formando uma muralha, foi o sinal que determinou a posse da “Terra Prometida”. Em todo o caminho, Deus esteve com o Povo de Israel. Deus se manifestou através de sinais, milagres e prodígios, desde a saída do Egito até à entrada da Terra Prometida. Conforme diz o Salmo: “Quando o povo de Israel saiu do Egito, o mar, à vista deles, pôs-se em fuga, e as águas do Jordão retrocederam. As montanhas deram pulos como ovelhas, e as colinas, parecendo cordeirinhos” (Js 3, 1-4). E, assim, “quando o povo levantou acampamento para passar o rio Jordão, os sacerdotes que levavam a arca da aliança puseram-se à frente de todo o povo. Quando chegaram ao rio Jordão e os pés dos sacerdotes se molharam nas águas da margem então as águas, que vinham de cima, pararam, formando uma grande barragem. Então o povo atravessou, frente a Jericó. E os sacerdotes que levavam a arca da aliança do Senhor conservaram-se firmes sobre a terra seca, no meio do rio, e ali permaneceram até que todo Israel acabasse de atravessar o rio Jordão a pé enxuto” (Js 3, 14-17).
No Evangelho, caros irmãos, Jesus voltou a nos ensinar sobre a questão do perdão ao pecador que vier a nos ofender. Ele nos encorajou a estarmos sempre prontos a perdoar o pecador que nos maltratar e pecar contra nós. Isto pode parecer meio estranho e contrário à justiça. Porém, Jesus nos desafiou em nossos cálculos humanos e mesquinhos, deixando clara uma outra lógica desta questão: que consiste na nossa relação com Deus, do qual precisamos do seu perdão dos nossos pecados. Ou seja, visto que nós somos pecadores e carentes do perdão divino dos nossos pecados, Deus, por sua vez, condicionou o seu perdão ao perdão que nós dermos aos que nos ofenderam. Esta é a lógica do perdão proposta na oração do “Pai Nosso”! Desta forma, o motivo principal de nós perdoarmos aqueles que nos ofenderam, é, certamente, o de nos tornarmos, assim, merecedores do perdão divino, dos nossos próprios pecados (Cfr. Mt 6, 9-13)! Portanto, devemos perdoar o irmão todas as vezes que ele pecar contra nós! Não apenas sete vezes, como Pedro havia imaginado, mas, segundo as palavras de Jesus, devemos perdoá-lo “não apenas sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Cfr. Mt 18, 21-22).
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