Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?” 10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que sejas também minha testemunha em Roma”.
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! * 2Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. 5Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, * meu destino está seguro em vossas mãos! 7Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, * e até de noite me adverte o coração. 8Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, * pois se o tenho a meu lado não vacilo. 9Eis por que meu coração está em festa, † minha alma rejubila de alegria, * e até meu corpo no repouso está tranquilo; 10pois não haveis de me deixar entregue à morte, * nem vosso amigo conhecer a corrupção. 11Vós me ensinais vosso caminho para a vida; † junto a vós, felicidade sem limites, * delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. 22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles e eu mesmo esteja neles”.
Caríssimo discípulos e discípulas do Senhor Ressuscitado e Glorioso! A Liturgia da Palavra de hoje nos ensina que o Evangelho do Senhor pode ser divulgado por meio da oração. Pois, enquanto Jesus e Paulo faziam suas orações ele também expressavam publicamente as suas convicções de fé e a sua fidelidade a Deus.
O evangelho que acabamos de ouvir faz parte de um longo discurso feito aos apóstolos em forma de oração ao Pai. Enquanto Jesus orava ao Pai em voz alta, tendo os apóstolos diante de si, Jesus extravasava todo seu amor e sua alegria em compartilhar com os seus discípulos esta sua intimidade com o Pai, testemunhando-lhes a sua unidade e sua glória divina com o Pai. Enquanto Jesus fazia a sua oração pública e litúrgica, ele aproveitava-se daquele momento místico para transmitir aos apóstolos as verdades mais sublimes do seu Evangelho.
Desta forma: “Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: “Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste como me amaste a mim. Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo” (Jo 17, 20-24).
Conforme a leitura dos Atos dos Apóstolos, Paulo, estando em Jerusalém, foi até o templo para orar. E, enquanto estava em oração, foi surpreendido por um grupo de judeus que o agarraram e o prenderam. Uma vez sendo levado ao tribunal, ele teve que dar o seu testemunho de sua fé em Jesus Cristo, e dar satisfação aos chefes dos Judeus que estavam ali reunidos a respeito de sua doutrina e do seu Evangelho. Isto fez com que os judeus demonstrassem todo seu ódio por Paulo e pelo nosso Senhor Jesus Cristo, anunciado por Paulo.
Durante aquela noite, Paulo teve uma visão de Cristo, na qual Jesus lhe demonstrava toda sua satisfação pelo testemunho corajoso de sua fé, dizendo-lhe: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que sejas também minha testemunha em Roma” (At 23, 11). E, depois desta visão, Paulo se refugiou nas mãos de Deus, elevando seu coração em oração, dizendo: “Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo” (Sl 15, 1-2; 5-8).
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