Irmãos, 15até o dia de hoje, quando os israelitas leem os escritos de Moisés, um véu cobre o coração deles. 16Mas, todas as vezes que o coração se converte ao Senhor, o véu é tirado. 17Pois o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. 18Todos nós, porém, com o rosto descoberto, contemplamos e refletimos a glória do Senhor e assim somos transformados à sua imagem, pelo seu Espírito, com uma glória cada vez maior. 4,1Não desanimamos no exercício deste ministério que recebemos da misericórdia divina. 3E, se o nosso Evangelho está velado, é só para aqueles que perecem que ele está velado. 4O deus deste mundo cegou a inteligência desses incrédulos, para que eles não vejam a luz esplendorosa do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5De fato, não nos pregamos a nós mesmos, pregamos a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos, por causa de Jesus. 6Com efeito, Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz” é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo.
Quero ouvir o que o Senhor irá falar: † é a paz que ele vai anunciar; * a paz para o seu povo e seus amigos. 10Está perto a salvação dos que o temem, * e a glória habitará em nossa terra. 11A verdade e o amor se encontrarão,* a justiça e a paz se abraçarão; 12da terra brotará a fidelidade, * e a justiça olhará dos altos céus. 13O Senhor nos dará tudo o que é bom,* e a nossa terra nos dará suas colheitas; 14a justiça andará na sua frente * e a salvação há de seguir os passos seus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo, todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de tolo será condenado ao fogo do inferno. 23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali, diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo, dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo nosso Senhor! Depois de Jesus ter declarado solenemente aos seus discípulos de que ele não estava, absolutamente, revogando a Lei de Deus – que consistia no Decálogo dos Dez Mandamentos -, Jesus prosseguiu dizendo, que estava reeditando-a integralmente, do mesmo modo como os profetas sempre ensinaram, dizendo: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra” Mt 5, 17-18).
Assim que ele acabou de dizer isto, Jesus passou a ensinar-lhes o modo como esta antiga Lei mosaica deveria ser formulada e interpretada. Ou seja, ela deveria ser reformulada conforme o espírito da Lei que Deus lhe havia dado no início, e conforme o espirito evangélico do amor. Toda a Lei deveria ser reformulada conforme a fé e a doutrina de Cristo e dos Profetas. Portanto, a nova Lei não deveria ser ensinada conforme a interpretação dos mestres da lei e dos fariseus, mas conforme a interpretação de Cristo e dos Profetas, como ele mesmo disse: “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5,20).
Portanto, esta Nova Lei deveria promove a justiça de Cristo, que permitia a todos os que cumprissem tais mandamentos, de entrarem no Reino dos Céus. E mais ainda! Os mandamentos da Nova Lei não proibiam apenas o pecado principal de cada mandamento. Eles proibiam que se cometesse todas a infrações graves relacionadas a cada mandamento, como Jesus disse: “Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. Eu, porém, vos digo, todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de tolo será condenado ao fogo do inferno” (Mt 5, 21-22).
Desta forma, nós todos, caros irmãos, devemos caminhar nesta vida iluminados pelo Espírito de Deus, que habita em nós, e que orienta a nossa consciência nos mandamentos divinos, como disse Paulo: “O deus deste mundo cegou a inteligência desses incrédulos, para que eles não vejam a luz esplendorosa do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Com efeito, Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz” é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo” (2Cor 3, 4; 6).
Desta forma, o Decálogo da Lei Mosaica, reformulado por Cristo e interpretado pelos Profetas, foi transformado na Nova Lei Evangélica dos Dez Mandamentos, que considera a conduta humana em toda a sua integralidade e em toda a complexidade de sua consciência.
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