Naqueles dias, 41Elias disse a Acab: “Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva”. 42Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. 43E disse ao seu servo: “Sobe e observa na direção do mar”. Ele subiu, observou e disse: “Não há nada”. Elias disse-lhe de novo: “Volta sete vezes”. 44À sétima vez o servo disse: “Eis que sobe do mar uma nuvem, pequena como a mão de um homem”. Então Elias disse-lhe: “Vai dizer a Acab que prepare o carro e desça, para que a chuva não o detenha”. 45Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente. Acab subiu para o seu carro e partiu para Jezrael. 46A mão do Senhor esteve sobre Elias; e ele, cingindo os rins, correu adiante de Acab até a entrada de Jezrael.
10Visitais a nossa terra com as chuvas, * e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, * e preparais o nosso trigo. É assim que preparais a nossa terra: * 11vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis * e abençoais as sementeiras. 12O ano todo coroais com vossos dons, † os vossos passos são fecundos; * transborda a fartura onde passais. 13Brotam pastos no deserto * as colinas se enfeitam de alegria.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno. 23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos deu um belo testemunho de que Deus favorece o seu povo e o cobre com suas graças quando os seus mandamentos são praticados honestamente. Com isto ele mostra que aquilo que mais lhe agrada o seu coração é o cumprimento de seus mandamentos.
Assim sendo, depois da conversão do Povo de Israel, quando ele deixou de cultuar Baal e passou a adorar o Senhor Deus, Elias pediu ao Senhor que a chuva voltasse a cair nas terras de Israel. Por isso, Elias disse a Acab: “Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva”. Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente” (1Rs 18, 41-42; 45).
Vendo o milagre da chuva, depois de ter sido castigado por uma longa estiagem, todo o Povo de Israel compreendeu que o Senhor estava sendo favorável a ele. Todo o Povo de Israel, então, vendo a chuva cair, elevou a Deus um hino de louvor e de gratidão, cantando: “Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo. É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras. O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais” (Sl 64, 10-12).
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus deu a todos nós a sua orientação de como os Mandamentos da Lei de Deus deveriam ser entendidos e observados, conforme o espírito da Lei e conforme a intensão do Legislador Divino. Antes de tudo, Jesus Cristo nos advertiu a respeito das distorções e adulterações cometidas pelo mestres da Lei e pelos fariseus, dizendo: “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5, 20). Ou seja, se alguém seguir as orientações destes mestres da Lei e dos fariseus cairá, sem dúvida, em muita confusão e hipocrisia. Pois, quem os seguir será por eles enganados e induzidos a cometer muitos pecados que eles não admitem que sejam pecados. E assim, todo aquele que cometer tais pecados, “não entrará no Reino dos Céus” (Mt 5, 20), conforme as palavras de Jesus.
Por isso, logo a seguir, Jesus deu alguns exemplos a respeito do quinto mandamento, dizendo: “Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno. Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta” (Mt 5, 21-24). Desta forma, todo aquele que cumprir a Lei de Deus será por ele recompensado com a salvação eterna e com o Reino dos céus.
Portanto, Jesus Cristo, ao dar uma roupagem evangélica ao antigo Decálogo quis elevar a Lei de Deus ao seu mais alto grau de perfeição, para que ele se tornasse um poderoso instrumento de combate ao pecado. E assim, auxiliado pela graça divina, todo homem poderia ter uma conduta de vida na retidão e na santidade. Pois, todo homem que cumprisse dessa forma os mandamentos da Lei de Deus – com o auxílio da graça divina – poderia, seguramente, entrar no Reino dos céus.
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