Quando, pois, voltamos para junto de teu servo, nosso pai, contamos tudo o que o meu senhor tinha dito. 25Mais tarde disse-nos nosso pai: ‘Voltai e comprai para nós algum trigo’. 26E nós lhe respondemos: ‘Não podemos ir, a não ser que o nosso irmão mais novo vá conosco. De outra maneira, sem ele, não nos podemos apresentar àquele homem’. 27E o teu servo, nosso pai, respondeu: ‘Bem sabeis que minha mulher me deu apenas dois filhos. 28Um deles saiu de casa e eu disse: Um animal feroz o devorou! E até agora não apareceu. 29Se me levardes também este, e lhe acontecer alguma desgraça no caminho, fareis descer de desgosto meus cabelos brancos à morada dos mortos'”. 45,1Então José não pôde mais conter-se diante de todos os que o rodeavam, e gritou: “Mandai sair toda a gente!” E, assim, não ficou mais ninguém com ele, quando se deu a conhecer aos irmãos. 2José rompeu num choro tão forte, que os egípcios ouviram e toda a casa do Faraó. 3E José disse a seus irmãos: “Eu sou José! Meu pai ainda vive?” Mas os irmãos não podiam responder-lhe nada, pois foram tomados de um enorme terror. 4Ele, porém, cheio de clemência, lhes disse:
“Aproximai-vos de mim”. Tendo-se eles aproximado, disse: “Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. 5Entretanto, não vos aflijais, nem vos atormenteis, por me terdes vendido a este país. Porque foi para a vossa salvação
que Deus me mandou adiante de vós, para o Egito”.
Mandou vir, então, a fome sobre a terra * e os privou de todo pão que os sustentava; 17um homem enviara à sua frente, * José que foi vendido como escravo. 18Apertaram os seus pés entre grilhões * e amarraram seu pescoço com correntes, 19até que se cumprisse o que previra, * e a palavra do Senhor lhe deu razão. 20Ordenou, então, o rei que o libertassem, * o soberano das nações mandou soltá-lo; 21fez dele o senhor de sua casa, * e de todos os seus bens o despenseiro.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. 14Se alguém não vos receber, nem escutar vossa palavra, saí daquela casa ou daquela cidade, e sacudi a poeira dos vossos pés. 15Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade, no dia do juízo”.
Caríssimos irmãos e irmãs! Existe aquela expressão cheia de sabedoria, que diz: ‘Não há males que não se possa tirar algum bem’! Deus, ao longo da História de Salvação, nos apresentou inúmeras situações em que ele se serviu de algum mal feito por alguém, para obter disto um bem maior.
Um dos exemplos mais perfeitos foi a história de José do Egito. Depois de sofrer graves injustiças e maus-tratos dos próprios irmãos, que o ameaçaram de morte, José, por fim, acabou sendo o instrumento de Deus para salvar a vida dos seus irmãos!
José era muito amado por seu pai, causando com isso, uma inveja mortal e incontida nos outros irmãos. A inveja dos seus irmãos era tal, que passaram a tramar a sua morte. Mas, por fim, quando lhes veio a oportunidade, não o mataram, mas o venderam como escravo a certos mercadores do Egito.
José, depois de passar por inúmeras tribulações, se tornou Faraó, governador e vice-rei do Egito. Ao surgir uma grande seca e fome em Canaã, os filhos de Israel foram comprar trigo no Egito, e ali se depararam com o seu irmão José. E neste encontro com os seus irmãos, José lhes disse: “Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Entretanto, não vos aflijais, nem vos atormenteis, por me terdes vendido a este país. Porque foi para a vossa salvação que Deus me mandou adiante de vós, para o Egito” (Gn 45, 4-5).
Jesus Cristo, no Evangelho que acabamos de ouvir, enviou os Doze Apóstolos em sua primeira viagem missionária. E, esta primeira excursão missionária dos Apóstolos acabou se revestindo de uma importância toda especial; pois, nesta ocasião, Jesus fizera uma série de advertências e exortações aos seus Apóstolos, incumbindo-os da missão de anunciar a sua Palavra.
Estas palavras de Cristo não foram dirigidas apenas aos Apóstolos, mas à todos os ministros da Palavras, que, posteriormente, viessem a ser missionários de Cristo. Por isso, estas palavras de Cristo tornaram-se, na Igreja, os critérios fundamentais do envio missionário dos ministros da Palavra. Assim sendo, “Jesus disse aos seus discípulos: “Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida (Mt 10, 7-11).
WhatsApp us