Irmãos, 1o conhecimento incha, a caridade é que constrói. 2Se alguém acha que conhece bem alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber. 3Mas se alguém ama a Deus, ele é conhecido por Deus! 4Quanto ao comer as carnes de animais sacrificados aos ídolos, nós sabemos que um ídolo não é nada no mundo, e que Deus é um só. 5É verdade que alguns são chamados deuses, no céu ou na terra, muita gente pensa que existem muitos deuses e muitos senhores. 6Para nós, porém, existe um só Deus, o Pai, de quem vêm todos os seres e para quem nós existimos. E, ainda, para nós, existe um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual tudo existe, e nós também existimos por ele. 7Mas nem todos têm esse conhecimento. De fato, alguns habituados, até ao presente, ao culto dos ídolos, comem da carne dos sacrifícios, como se ela fosse mesmo oferecida aos ídolos. E assim, a sua consciência, que é fraca, fica manchada. 11E então, por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão pelo qual Cristo morreu. 12Pecando, assim, contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais. 13Por isso, se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais comerei carne, para não escandalizar meu irmão.
Senhor, vós me sondais e conheceis, * 2sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, † 3percebeis quando me deito e quando eu ando, * os meus caminhos vos são todos conhecidos. 13Fostes vós que me formastes as entranhas, * e no seio de minha mãe vós me tecestes. 14Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, † porque de modo admirável me formastes! * Que prodígio e maravilha as vossas obras! 23Senhor, sondai-me, conhecei meu coração, * examinai-me e provai meus pensamentos! 24Vede bem se não estou no mau caminho, * e conduzi-me no caminho para a vida!
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. 30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos ensina que o fiel cristão e discípulo de Cristo deve expressar o seu amor a Deus de dois modos. O primeiro modo que o fiel cristão expressa o seu amar a Deus é pela sua fé em Deus Pai, Filho e Espirito Santo, através da oração, do culto litúrgico e da piedade. O Segundo modo de amar a Deus consiste em praticar a caridade e obedecer aos seus mandamentos.
O Apóstolo João, em sua carta, foi muito concreto e prático no seu ensinamento. Primeiramente ele nos revelou que Deus se sentia muito bem servido e amado na medida em que os amigos e irmãos mais próximos fossem tratados com amor e com sentimentos de fraternidade, dizendo: “Se nós nos amamos uns aos outros, Deus estará no meio de nós, e o amor será pleno” (1Jo 12)!
Porém, logo a seguir, Jesus foi muito mais além; nos desafiando a um amor maior, muito mais exigente, ao ponto de nos propor o amor aos nossos inimigos e àqueles que nos maltratam. Desta forma nós estaríamos imitando a Deus e servindo-o com toda perfeição, conforme as suas palavras: “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 27-29; 32; 35-36).
São Paulo, quando falava aos cristãos de Corinto sobre os cuidados que deviam ter em relação aos ídolos, ele os confirmava na fé verdadeira, declarando o seguinte: “Nós sabemos que um ídolo não é nada no mundo, e que Deus é um só. É verdade que alguns são chamados deuses, no céu ou na terra, muita gente pensa que existem muitos deuses e muitos senhores. Para nós, porém, existe um só Deus, o Pai, de quem vêm todos os seres e para quem nós existimos. E, ainda, para nós, existe um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual tudo existe, e nós também existimos por ele” (1Cor 8, 4-6).
Porém, no final do seu discurso, São Paulo declarou dizendo que o conhecimento da fé devia sempre caminhar de mãos dadas com a caridade. Por isso, ele advertiu os fortes e bem instruídos na fé para que não fossem motivo de tropeço para os mais frágeis na fé, dizendo: “De fato, alguns habituados, até ao presente, ao culto dos ídolos, comem da carne dos sacrifícios, como se ela fosse mesmo oferecida aos ídolos. E assim, a sua consciência, que é fraca, fica manchada. E então, por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão pelo qual Cristo morreu. Pecando, assim, contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais. Por isso, se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais comerei carne, para não escandalizar meu irmão” (1Cor 8, 10.
Caríssimos irmãos, que bela profissão de fé o salmista proclamou em sua oração! Com toda simplicidade e clareza ele reconheceu que Deus o enxergava com toda nitidez e transparência. Ele dizia que todos os seus atos eram perfeitamente conhecidos pelo Senhor e que estavam guardados em sua memória, para o dia do seu julgamento. Pelas suas palavras o salmista demonstrava que estava extasiado e maravilhado diante da face de Deus, dizendo: “Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Senhor, sondai-me, conhecei meu coração, examinai-me e provai meus pensamentos! Vede bem se não estou no mau caminho, e conduzi-me no caminho para a vida” (Sl 138, 1-3; 13; 23-24)!
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