Naqueles dias, 18disseram eles: “Vinde para conspirarmos juntos contra Jeremias; um sacerdote não deixará morrer a lei; nem um sábio, o conselho; nem um profeta, a palavra. Vinde para o atacarmos com a língua, e não vamos prestar atenção a todas as suas palavras”. 19Atende-me, Senhor, ouve o que dizem meus adversários. 20Acaso pode-se retribuir o bem com o mal? Pois eles cavaram uma cova para mim. Lembra-te de que fui à tua presença, para interceder por eles e tentar afastar deles a tua ira.
Retirai-me desta rede traiçoeira, * porque sois o meu refúgio protetor! 6Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, * porque vós me salvareis, ó Deus fiel! 14Ao redor, todas as coisas me apavoram; * ouço muitos cochichando contra mim; todos juntos se reúnem, conspirando * e pensando como vão tirar-me a vida. 15A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, * e afirmo que só vós sois o meu Deus! 16Eu entrego em vossas mãos o meu destino; * libertai-me do inimigo e do opressor!
Naquele tempo, 17enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: 18“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, 19e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará”. 20A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos.” 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. 24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
Caríssimos discípulos e discípulas do Cristo Crucificado! A Liturgia da Palavra nos revela como os inimigos de Jesus foram sorrateiramente usando de artimanhas perversas para perseguir e maltratar Jesus.
Naqueles dias, enquanto subiam para Jerusalém, Jesus aproveitou-se daquele momento para anunciar profeticamente aos seus discípulos os trágicos acontecimentos que se dariam em Jerusalém, tais como: a sua Paixão, a sua Morte e a sua Ressureição! De forma bem resumida e lacônica ele descreveu como seriam os seus últimos dias, que, segundo ele, seriam os acontecimentos mais importantes de sua missão salvífica. E, por mais que este assunto pudesse ser estranho, de difícil aceitação da parte dos seus aderentes e discípulos, ele causava nos Apóstolos sentiam-se escandalizados com isto. No entanto, “enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará” (Mt 20, 17-19). Mesmo que Jesus anunciasse a sua ressurreição, este aspecto ficou obscurecido pelo escândalo da cruz!
Jesus, no entanto, mesmo percebendo que este Evangelho causava tanto alvoroço entre os seus discípulos – pois ele não consideravam a sua ressurreição -, ele voltou a insistir neste assunto por, pelo menos, três vezes. Jesus sabia que este assunto não agradava os Apóstolos, pois eles achavam um absurdo que isto pudesse acontecer. E ficavam confusos e escandalizados que Jesus permitisse que os seus inimigos e desafetos, que já o perseguiam a mais tempo, pudessem chegar a tamanha afronta contra a sua pessoa e a sua dignidade.
Escandalizado também estava Jeremias, quando ele se viu cercado das maiores autoridades do povo e das pessoas do seu convívio, estarem tramando a sua morte e odiando-o sem motivo. Ele fez a sua oração a Deus, dizendo: “Atende-me, Senhor, ouve o que dizem meus adversários. Acaso pode-se retribuir o bem com o mal? Pois eles cavaram uma cova para mim. Lembra-te de que fui à tua presença, para interceder por eles e tentar afastar deles a tua ira” (Jr. 18, 19-20). O drama pessoal de Jeremias tornou-se, assim, anúncio profético do que deveria acontecer com Jesus Cristo. Da mesma forma que Jeremias foi perseguido sem motivo, Jesus foi perseguido, preso, torturado e morto sem ter dado nenhum motivo que justificasse tal atrocidade.
Este furor e ódio injustificável e cruel só aconteceu quando certas pessoas se deixaram manipular pelo iníquo espirito do mal, o Príncipe das Trevas, que é o grande inimigo de Jesus Cristo e do Seu Evangelho. Ele, o Diabo, é o perseguidor, o impostor, o inimigo por excelência do Justo e Santo, Jesus Cristo, nosso Senhor! E, diante de tal inimigo aterrador, somente Deus pode nos proteger e salvar, como disse o Salmista: “A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel” (Sl 30, 6; 15-16)!
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