Na hora da oblação da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração. E, com as vestes e o manto rasgados, caí de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus. 6E disse: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até ao céu. 7Desde os tempos de nossos pais até este dia, uma grande culpa pesa sobre nós: por causa de nossas iniquidades, nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha, como acontece ainda hoje. 8Mas agora, por um breve instante, o Senhor nosso Deus concedeu-nos a graça de preservar dentre nós um resto, e de permitir que nos fixemos em seu lugar santo. Assim o nosso Deus deu brilho aos nossos olhos e concedeu-nos um pouco de vida no meio de nossa servidão. 9Pois éramos escravos, mas em nossa servidão o nosso Deus não nos abandonou. Antes, conseguiu para nós o favor dos reis da Pérsia, deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo do nosso Deus e restaurar suas ruínas, e concedeu-nos um abrigo seguro em Judá e em Jerusalém”.
Bendito seja Deus que vive eternamente! 2Vós sois grande, Senhor, para sempre, * e vosso reino se estende nos séculos! Porque vós castigais e salvais, * fazeis descer aos abismos da terra, e de lá nos trazeis novamente: * de vossa mão nada pode escapar. 3Vós que sois de Israel, dai-lhe graças * e por entre as nações celebrai-o! O Senhor dispersou-vos na terra * 4para narrardes sua glória entre os povos, E fazê-los saber, para sempre, * que não há outro Deus além dele. 5Castigou-nos por nossos pecados, * seu amor haverá de salvar-nos. Compreendei o que fez para nós, * dai-lhe graças, com todo o respeito! 8Bendizei o Senhor, seus eleitos, * fazei festa e alegres louvai-o!
Naquele tempo, 1Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, 2e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3E disse-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. 4Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. 5Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles”. 6Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa-Nova e fazendo curas em todos os lugares.
Caríssimos irmãos e irmãs de nosso Senhor Jesus Cristo! Hoje, a Liturgia da Palavra nos apresenta dois assuntos muito interessantes de dois momentos fundamentais do judaísmo e do cristianismo, que se tornaram religiões que Deus quis que se propagassem em todo o mundo. Em relação ao cristianismo, nós vimos no Evangelho o início da obra missionária do Apóstolos, divulgando a religião cristão, anunciando o Reino de Deus. Nas leituras do livro de Esdras e do livro de Tobias encontramos um belo testemunho destes profetas na obra de reconstrução da religião judaica e na divulgação desta religião no mundo inteiro. Depois de o Povo Judeu ter passado pela sua maior provação, sofrimentos e humilhações, por causa de guerras, extermínios, exílio e escravidão, viu-se, assim, reduzido a um pequeno resto de Israel! Esdras reconheceu que todas as desgraças e sofrimentos aconteceram por culpa dos pecados e iniquidades do Povo, dizendo: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até ao céu. Foi por causa de nossas iniquidades que nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha, como acontece ainda hoje” (Es 9, 6-7). Mas, ele reconheceu também, com toda humildade, que Deus teve compaixão e misericórdia do seu Povo, reservando-lhe um pequeno resto, para reconstruí-lo em torno do Templo e na santa cidade de Jerusalém, dizendo: “Mas agora, por um breve instante, o Senhor nosso Deus concedeu-nos a graça de preservar dentre nós um resto, e de permitir que nos fixemos em seu lugar santo. Assim o nosso Deus deu brilho aos nossos olhos e concedeu-nos um pouco de vida no meio de nossa servidão. Pois éramos escravos, mas em nossa servidão o nosso Deus não nos abandonou. Ele deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo do nosso Deus e restaurar suas ruínas, e concedeu-nos um abrigo seguro em Judá e em Jerusalém” (Es 9, 8-9). Tobias, iluminado pelo Espírito Santo, entendeu que esta foi a grande oportunidade que o Povo de Deus teve para divulgar a religião do Deus verdadeiro, o Senhor do céu e da terra, ao mundo inteiro. Pois, todo o Povo de Israel que fora disperso entre os povos pagãos, tornara-se missionário da glória divina e do Nome Santo do Senhor. Por isso Tobias bendisse a Deus, dizendo: “Bendito seja Deus que vive eternamente! O Senhor dispersou o seu povo por toda a terra para narrardes sua glória entre os povos. E fazê-los saber, para sempre, que não há outro Deus além dele. Castigou-nos por nossos pecados, seu amor haverá de salvar-nos. Compreendei o que fez para nós, dai-lhe graças, com todo o respeito! Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei festa e alegres louvai-o” (Tb 13, 1-5)! Mais tarde, Jesus Cristo, no meio deste pequeno resto de Israel, enviou os seus discípulos para anunciarem o Reino de Deus; lançando, assim, os fundamentos da religião cristã em todos os povoados judeus, da seguinte forma: “Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. Assim, os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa-Nova e fazendo curas em todos os lugares” (Lc 9, 1-6).
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