Irmãos, 12que o pecado não reine mais em vosso corpo mortal, levando-vos a obedecer às suas paixões. 13Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de iniquidade. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, isto é, como pessoas que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros ao serviço de Deus como armas de justiça. 14De fato, o pecado não vos dominará, visto que não estais sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça. 15Então, iremos pecar, porque não estamos sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça? De modo algum! 16Acaso não sabeis que, oferecendo-vos a alguém como escravos, sois realmente escravos daquele a quem obedeceis, seja escravos do pecado para a morte, seja escravos da obediência para a justiça? 17Graças a Deus que vós, depois de terdes sido escravos do pecado, passastes a obedecer, de coração, aos ensinamentos, aos quais fostes entregues. 18Libertados do pecado, vos tornastes escravos da justiça.
Nosso auxílio está no nome do Senhor. 1Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, * que o diga Israel neste momento; 2se o Senhor não estivesse ao nosso lado, * quando os homens investiram contra nós, 3com certeza nos teriam devorado * no furor de sua ira contra nós. 4Então as águas nos teriam submergido, * a correnteza nos teria arrastado, 5e então, por sobre nós teriam passado * essas águas sempre mais impetuosas. 6Bendito seja o Senhor, que não deixou * cairmos como presa de seus dentes! 7Nossa alma como um pássaro escapou * do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, * e assim nós conseguimos libertar-nos. 8O nosso auxílio está no nome do Senhor, * do Senhor que fez o céu e fez a terra!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39“Ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. 41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” 42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!
Caríssimos irmãos e irmãs, em Cristo Senhor! A Liturgia da Palavra nos exorta a permanecermos firmes no caminho da justiça, da caridade e da salvação, depois de termos sido justificados e perdoados de nossos pecados, pelos sacramentos do Batismo e da Penitência. São Paulo, na Carta aos Romanos, nos alertou sobre as nossas fragilidades humanas sujeitas às paixões da carne, mesmo, depois de sermos libertados do pecado, vivendo na santidade e na graça do Espírito Santo. Não podemos voltar a viver uma vida de pecado e de perversidades, depois de termos sido libertados da escravidão do pecado. Por isso, o Apóstolo Paulo, advertindo os cristãos de Roma que se converteram ao cristianismo, após terem se entregado às paixões desordenadas e numa vida de pecado, dizendo-lhes o seguinte: “Irmãos, que o pecado não reine mais em vosso corpo mortal, levando-vos a obedecer às suas paixões. Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de iniquidade. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, isto é, como pessoas que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros ao serviço de Deus como armas de justiça. De fato, o pecado não vos dominará, visto que não estais sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça” (Rm 6, 12-14). E os adverte a não serem ingênuos, pensando que a graça e o Espírito Santo que habita nos justificados, automaticamente os fizesse perseverar no caminho de santidade. Segundo São Paulo, existem – até o último instante desta vida terrena – as tentações da carne, as lembranças dos pecados antigos, e as provocações do maligno. Por isso, todo cristão deve lutar bravamente contra estas tentações do pecado, para não se deixar enredar e se escravizar por ele, dizendo: “Graças a Deus que vós, depois de terdes sido escravos do pecado, passastes a obedecer, de coração, aos ensinamentos, aos quais fostes entregues. Libertados do pecado, vos tornastes escravos da justiça” (Rm 6, 17-18). Davi, no Salmo 123, nos disse que os justos e os servos do Senhor, vivem rodeados de tribulações e de pessoas mal-intencionadas que os perseguem e maltratam. Mas, o Senhor não abandona seus amigos, ao contrário, os protege e os salva, dizendo: “Nosso auxílio está no nome do Senhor. Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, que o diga Israel neste momento; se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira contra nós. Bendito seja o Senhor, que não deixou cairmos como presa de seus dentes! O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a terra” (Sl 123, 1-3; 6-8)! E Jesus Cristo, no Evangelho que ouvimos, nos disse que todas as pessoas, a começar pelos seus ministros e apóstolos, passarão, no último dia, por um julgamento, dizendo da seguinte forma: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis” (Lc. 12, 42-46).
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