Naquele dia, cantarão este canto em Judá: “Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. 2Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, 3firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. 4Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna. 5Ele derrubou os que habitam no alto, há de humilhar a cidade orgulhosa, deitando-a por terra, até fazê-la beijar o chão. 6Hão de pisá-la os pés, os pés dos pobres, as passadas dos humildes”.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” 8É melhor buscar refúgio no Senhor, do que pôr no ser humano a esperança; 9é melhor buscar refúgio no Senhor, do que contar com os poderosos deste mundo!” 19Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; quero entrar para dar graças ao Senhor! 20“Sim, esta é a porta do Senhor, por ela só os justos entrarão!” 21Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes e vos tornastes para mim o Salvador! 25Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” 26Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. 27aQue o Senhor e nosso Deus nos ilumine!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”
Caríssimos irmãos e irmãs. A Liturgia da Palavra nos apresenta uma Nova Jerusalém reconstruída pelo nosso Senhor Jesus Cristo, como a cidade da justiça e da esperança. Esta Jerusalém terrestre que foi reconstruída por Jesus Cristo seria a sua Igreja, na qual ele haveria de congregar os seus discípulos. Na verdade, os últimos dias de Jesus – durante a sua Paixão, Morte e Ressurreição -, Jesus e os seus discípulos viveram dentro da cidade de Jerusalém. Ali aconteceu o Pentecostes e ali a Igreja nasceu, reunida no Cenáculo!
Tendo em mente esta Igreja de Cristo, que nasceu na cidade de Jerusalém, o profeta anunciou as seguintes palavras sobre esta nova Jerusalém – a cidade da esperança e da justiça -, congregada em torno de Jesus Cristo, dizendo: “Naquele dia, cantarão este canto em Judá: “Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna” (Is 26, 1-4).
O Espírito Santo, através do profeta Davi, exortava a todos os moradores da cidade de Sião a se converterem e buscarem o Senhor, depositando nele a sua confiança e a sua esperança de salvação; pois, segundo ele, somente no Senhor Jesus eles encontrariam a justiça, o refúgio e a segurança. Conforme as palavras do profeta: “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” É melhor buscar refúgio no Senhor, do que pôr no ser humano a esperança; é melhor buscar refúgio no Senhor, do que contar com os poderosos deste mundo!” Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; quero entrar para dar graças ao Senhor! “Sim, esta é a porta do Senhor, por ela só os justos entrarão!” Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes e vos tornastes para mim o Salvador” (Sl 117, 7-9; 19-21)!
Jesus Cristo, confirmando as palavras dos profetas, disse que todos os discípulos dele, que estivessem congregados na sua Igreja, precisariam perseverar até o fim, na justiça e na esperança, para poder entrar no Reino dos céus. E neste sentido, se a fé e a oração dos discípulos não fossem acompanhadas com uma conduta de vida na justiça e na caridade, não entrariam no Reino dos Céus, como disse o próprio Jesus: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7, 21).
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