Irmãos, 4é por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5não porque sejamos capazes, por nós mesmos, de ter algum pensamento como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Pois, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério a serviço da justificação. 10Realmente, em comparação com uma glória tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11Pois, se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais glorioso será o que permanece.
Exaltai o Senhor nosso Deus, † e prostrai-vos perante seus pés, * pois é santo o Senhor nosso Deus! 6Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. † E também Samuel invocava seu nome, * e ele mesmo, o Senhor, os ouvia. 7Da coluna de nuvem falava com eles. † E guardavam a lei e os preceitos divinos, * que o Senhor nosso Deus tinha dado. 8Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus, † porque éreis um Deus paciente com eles, * mas sabíeis punir seu pecado. 9Exaltai o Senhor nosso Deus, † e prostrai-vos perante seu monte, * pois é santo o Senhor nosso Deus!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.
Caríssimos discípulos e discípulas do Evangelho de Cristo! O Evangelho da Liturgia da Palavra de hoje nos apresenta um dos temas mais polêmicos e controversos do Novo Testamento e da Igreja Apostólica. Ou seja, qual deveria ser o posicionamento da Igreja de Cristo perante a Lei Mosaica?
Alguns eram do parecer que Jesus tivesse apenas reformado a antiga Lei Mosaica, dando a entender que ela deveria continuar valendo para a Igreja, adotando apenas as inovações introduzidas por Cristo. Esta era a posição dos judaizantes, que foi logo rejeitada pela Igreja, no Concílio Apostólico de Jerusalém. Outros eram do parecer de que a Igreja estivesse autorizada por Cristo a abolir completamente a Lei Mosaica, adotando um novo conjunto de preceitos evangélicos, dados por Jesus Cristo.
Um terceiro grupo – do qual faziam parte todo os Apóstolos -, entendia que Jesus havia rompido com a legislação Mosaica, que se tornara obsoleta e antiga, preservando apenas o Decálogo e as normas morais ensinadas pelos Profetas. É exatamente isto que se pode inferir das palavras de Jesus, quando ele declarou solenemente aos seus discípulos, no Sermão da Montanha, dizendo: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento” (Mt 5, 17).
Assim sendo, Jesus não aboliu o Decálogo e nem os princípios morais defendidos pelos profetas. Muito ao contrário, ele os cumpriu pessoalmente em toda a sua plenitude e perfeição; como expressão de amor, de fidelidade e de obediência ao Pai.
E assim, levando os preceitos divinos a tal perfeição, Jesus Cristo se tornou o modelo de conduta de vida evangélica para todos os seus discípulos e para a sua Igreja. Finalmente, ele mesmo ordenou aos discípulos, dizendo: “Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus” (Mt 5, 18-19).
Pois, o Nosso Senhor Jesus deu vida nova à letra morta do Decálogo da Antiga Aliança, pelo seu Espirito da nova Aliança, conforme São Paulo, em sua Segunda Carta aos Corintos, nos disse: “Pois foi Deus quem nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? Pois, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério a serviço da justificação” (2Cor 3, 6-9).
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