Irmãos, 25a respeito das pessoas solteiras, não tenho nenhum mandamento do Senhor. Mas, como alguém que, por misericórdia de Deus, merece confiança, dou uma opinião: 26Penso que, em razão das angústias presentes, é vantajoso não se casar, é bom cada qual estar assim. 27Estás ligado a uma mulher? Não procures desligar-te. Não estás ligado a nenhuma mulher? Não procures ligar-te. 28Se, porém, casares, não pecas. E, se a virgem se casar, não peca. Mas as pessoas casadas terão as tribulações da vida matrimonial; e eu gostaria de poupar-vos isso. 29Eu digo, irmãos, o tempo está abreviado. Então, que, doravante, os que têm mulher vivam como se não tivessem mulher; 30e os que choram, como se não chorassem, e os que estão alegres, como se não estivessem alegres, e os que fazem compras, como se não possuíssem coisa alguma; 31e os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois a figura deste mundo passa.
Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: * “Esquecei vosso povo e a casa paterna! 12Que o Rei se encante com vossa beleza! * Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! 14Majestosa, a princesa real vem chegando, * vestida de ricos brocados de ouro. 15Em vestes vistosas ao Rei se dirige, * e as virgens amigas lhe formam cortejo. 16entre cantos de festa e com grande alegria, * ingressam, então, no palácio real”. 17Deixareis vossos pais, mas tereis muitos filhos; * fareis deles os reis soberanos da terra.
Naquele tempo, 20Jesus levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque havereis de rir! 22Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem! 23Alegrai-vos, nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 24Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25Ai de vós, que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós, que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! 26Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje consiste num grande convite feito por Deus, de diversas formas, para que entremos nos palácios eternos do Reino dos Céus. O Senhor nos convida para que façamos de tudo para desfrutar daquela alegria, daquela glória e daquela bem-aventurança que será dada aos que forem dignos de entrar no Reino dos Céus.
O primeiro a nos convidar a buscar o Reino dos Céus foi o próprio Jesus Cristo! Aliás, Jesus Cristo, em toda a sua pregação evangélica, deu a entender que ele teria vindo a este mundo com o principal propósito de ser o arauto deste magnífico e nobre convite: o de convidar-nos a entrar nos palácios do Reino dos Céus, e lá permanecermos eternamente! Nada seria mais urgente e nada deveria se antepor a este projeto de vida, aqui neste mundo. Mesmo que Jesus Cristo tenha feito este convite a todos os homens, ele sabia perfeitamente que somente os seus discípulos dariam ouvido ao seu chamado. Por isso Jesus pregava o seu Evangelho, dizendo: “Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque havereis de rir! Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem! Alegrai-vos, nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas” (Lc 6, 21-23).
Por outro lado, junto com este convite de abraçar o Reino do Céus como um projeto de vida neste mundo, o Senhor nos advertiu dizendo que todos aqueles que se entregassem com demasiado entusiasmo aos bens deste mundo, eles correriam um sério risco de não querer entrar no Reino dos Céus, por estarem já satisfeitos e contentes com os prazeres desta vida. Por isso, Jesus achou que seria muito oportuno incluir a seguinte advertência no seu convite, dizendo: “Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! Ai de vós, que agora tendes fartura porque passareis fome! Ai de vós, que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas” (Lc 6, 24-26).
São Paulo, na Carta aos Corintos, seguiu o mesmo espírito de Jesus, quando falava sobre o modo como os cristãos deveriam tratar os bens deste mundo. E, ao discorrer sobre esta matéria, Paulo deixava bem claro de que ninguém pecava ao usar honestamente os bens deste mundo. Porém, a força sedutora destas coisas mundanas poderiam desviá-los do caminho de salvação. Por isso, segundo Paulo, a prioridade deveria ser dada aos bens eternos, que se encontram no Reino dos Céus. E os bens terrenos, que são passageiros, deveriam ser relativizados e usados com moderação. Diante disto, o Apóstolo concluiu, dizendo: ‘Caros irmãos, eu vos afirmo que o tempo está abreviado. Então, que, doravante, os que têm mulher vivam como se não tivessem mulher; e os que choram, como se não chorassem, e os que estão alegres, como se não estivessem alegres, e os que fazem compras, como se não possuíssem coisa alguma; e os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois a figura deste mundo passa” (1Cor 7, 29-31).
Enfim, caros irmãos, esta promessa maravilhosa e extremamente atraente, de sermos introduzidos com toda a pompa e glória nos palácios do Reino dos Céus, foi muito bem retratado no salmo proclamado pelo profeta, que dizia: “Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro. Em vestes vistosas ao Rei se dirige, entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real” (Sl 44, 11-12; 14-16).
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