Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, 15e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão. 16Pois, afinal, não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão. 17Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação.
Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, * anunciai entre as nações seus grandes feitos! 2Cantai, entoai salmos para ele, * publicai todas as suas maravilhas! 3Gloriai-vos em seu nome que é santo, * exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, * buscai constantemente a sua face! 6Descendentes de Abraão, seu servidor, * e filhos de Jacó, seu escolhido, 7ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, * vigoram suas leis em toda a terra.
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos mostra como Jesus anunciava o Evangelho do Reino de Deus em toda parte onde ia. Como ele participava da mesma condição de vida humana daquele a quem ele evangelizava, tanto o seu exemplo de vida quanto as suas palavras faziam parte da sua pregação. Por isso, Jesus anunciava a sua Boa-Nova pelo testemunho de sua conduta de vida e pelas suas palavras.
Depois de Jesus ter dado início à sua pregação evangélica, ele escolheu os Apóstolos para o acompanhar, instruindo-os em tudo o que ele ensinava e fazia. No Evangelho que acabamos de ouvir, o evangelista Marcos relatou, em poucas palavras, um dia de trabalho missionário de Jesus, que serviu, posteriormente, como um modelo da evangelização de Jesus.
Portanto, naquele dia, que era um sábado, Jesus e os seus discípulos estavam em Cafarnaum. Logo cedo, todos juntos estavam reunidos na sinagoga, e ali Jesus pôs-se a ensinar. Durante a sua pregação apareceu um homem possuído de um espírito imundo, e Jesus o expulsou, dizendo: “Cala-te, e sai deste homem” (Mc 1, 25). E imediatamente ele sai daquele homem, soltando grandes gritos. Diante deste milagre, toda a comunidade judaica de Cafarnaum ficou admirada, despertando muitos comentários entre eles.
Depois de terem cumprido os ofícios litúrgicos na sinagoga, Jesus e os discípulos foram até a casa de Pedro, para almoçar, como disse o evangelista: “Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. A cidade inteira se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto” (Mc 1, 29-35).
Desta forma, caros irmãos, Jesus foi se revelando às pessoas, demonstrando-lhes que ele era o Filho do homem, em tudo semelhante aos seus irmãos, como disse o Apóstolo: “Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo” (Hb 2, 14-17). Embora Jesus se assemelhasse em tudo aos seus irmãos, ele foi lentamente revelando a sua condição divina de Filho de Deus.
Por isso, Jesus evangelizava os seus irmãos, para despertar neles a fé, afim de que o reconhecessem que ele era Senhor e Deus, conforme as palavras do profeta: “Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo! Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus” (Sl 104, 1-3; 6-7).
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