Depois que o homem comeu da fruta da árvore, 9o Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” 10E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo, porque estava nu; e me escondi”. 11Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. 13Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. 14Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, * 2escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem atentos * ao clamor da minha prece! 3Se levardes em conta nossas faltas, * quem haverá de subsistir? 4Mas em vós se encontra o perdão, * eu vos temo e em vós espero. 5No Senhor ponho a minha esperança, * espero em sua palavra. 6A minh’alma espera no Senhor * mais que o vigia pela aurora. 7Espere Israel pelo Senhor, * mais que o vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra toda graça * e copiosa redenção. 8Ele vem libertar a Israel * de toda a sua culpa.
Irmãos: 13Sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.16Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia. 17Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável. 18E isso acontece, porque voltamos os nossos olhares para as coisas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é passageiro, mas o que é invisível é eterno. 5,1De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna.
Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os seus discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si. 22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno”. 30Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau”. 31Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste domingo nos adverte e nos ensina que Satanás e seus demônios habitam, infelizmente, este nosso mundo tenebrosos. Por isso, apesar das dificuldades para identificar estes sujeitos espirituais assustadores, nós podemos nos livrar deles mantendo-nos longe do pecado e guardar-nos vigilantes diante deles. Pois, estes seres malignos estão sempre prontos a nos tentar e nos seduzir ao mal. Porém, Jesus Cristo nos garante que todos nós, os seus discípulos, estamos devidamente revestidos pela graça do Espírito Santo, para que, assim, combatamos estes espíritos malignos e perseveremos no caminho de salvação.
Lá no inicio dos tempos, quando Deus perguntou à Eva porque ela transgrediu a sua ordem e cometeu o pecado de desobediência, ela respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi” (Gn 3, 13). E, logo a seguir, Deus se dirigindo a Satanás, travestido de serpente, lhe disse: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3, 14-15). Desde então, Adão e Eva, junto com toda a sua descendência, por todos os tempos, teriam que conviver com estes perversos inimigos neste mundo: o Diabo e todo o seu exército de demônios, que estão sob o seu comando.
Por isso devemos estar sempre prontos e vigilantes, clamando a Deus pela sua proteção contra estes perversos inimigos invisíveis, dizendo: “Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor da minha prece! Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero” (Sl 129, 1-4)
Quando Jesus Cristo veio a este mundo para nos salvar, ele mesmo tomou para si a missão de combater Satanás. Durante toda a sua vida pública nós o vimos num combate duríssimo e sem tréguas, contra o inimigo da humanidade. Os adversários de Jesus, os fariseus e os mestres da Lei – dominados pelos demônios -, começaram a injuriá-lo com uma absurda e infame acusação, dizendo que Jesus estaria expulsando os demônio pelos poderes de Satanás. “Pois, os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios” (Mc 3, 22). E Jesus, ouvindo esta infamante distorção, com toda a mansidão, lhes respondeu: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído” (Mc 3, 23-26).
Porém, depois de dizer isto, Jesus aproveitou a ocasião para revelar-lhes duas importantes verdades. Primeiramente ele deixou claro que Jesus Cristo era o homem forte, munido com poderes divinos para combater o dono da casa, que era o príncipe deste mundo, Satanás. E somente ele podia derrotá-lo e aniquilá-lo, quando disse: “Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa” (Mc 3, 27). E esta era uma das missões de Cristo ao vir a este mundo.
E, a seguir, ele lançou uma dura advertência contra todos aquele que blasfemassem contra o Espírito Santo, confundindo-o com Satanás; deixando bem claro que semelhante blasfêmia seria um pecado tão iníquo e perverso, que a pessoa que o cometesse não encontraria meios de se arrepender e nem seria perdoado por Deus, conforme as palavras de Cristo: “Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno” (Mc 3, 29).
Portanto, o que mais importa é nos livrarmos desta vida aqui neste mundo, tão repleta de perigos e rodeada de inimigos visíveis e invisíveis; e, após sofrermos algumas tribulações, alcancemos a salvação eterna, como disse Paulo: “Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia. Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável” (2Cor 4, 16-17).
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