A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. 33Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos. 34Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas, vendiam-nas, levavam o dinheiro, 35e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; “eterna é a sua misericórdia!” 2A casa de Israel agora o diga: * “Eterna é a sua misericórdia!” 3A casa de Aarão agora o diga:* “Eterna é a sua misericórdia!” 4Os que temem o Senhor agora o digam: * “Eterna é a sua misericórdia!” 16A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, * a mão direita do Senhor fez maravilhas! 17Não morrerei, mas ao contrário, viverei * para cantar as grandes obras do Senhor! 18O Senhor severamente me provou, * mas não me abandonou às mãos da morte. 22A pedra que os pedreiros rejeitaram, * tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: * Que maravilhas ele fez a nossos olhos! 24Este é o dia que o Senhor fez para nós, * alegremo-nos e nele exultemos!
Caríssimos: 1Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que dele nasceu. 2Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. 3Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, 4pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. 5Quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue). E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade.
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!”. Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles.
Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Homilia
Caríssimos irmãos e irmãs do Cristo Ressuscitado e Misericordioso! Neste segundo Domingo da Páscoa a Liturgia da Palavra quer destacar a Misericórdia como a expressão principal e genuína do Cristo Ressuscitado! Pelo sacrifício de Cristo na Cruz, tornou possível a nossa redenção e o perdão dos nossos pecados. Bem como, pela misericórdia de Deus, a ressurreição de Cristo tornou possível a nossa ressurreição e salvação!
Por isso, irmãos, abramos nossos corações num hino de louvor, dizendo: “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; pois eterna é a sua misericórdia” ! Os que temem o Senhor agora o digam: “Eterna é a sua misericórdia”(Sl 117, 1; 4)!
Já na primeira aparição de Jesus Ressuscitado aos apóstolos, ele lhes concedeu o dom do Espírito Santo para purificá-los de seus pecados e para conferir-lhes o ministério da Penitência, dizendo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20, 21-23). Por isso, o primeiro efeito da Morte e Ressurreição de Cristo foi o perdão dos pecados e a justificação dos discípulos; bem como de todos aqueles que viessem a acreditar nas palavras dos Apóstolos.
Assim sendo, todos aqueles que foram perdoados de seus pecados, pelo amor misericordioso de Cristo, despertaram-se para as obras de misericórdia, partilhando os bens materiais com os irmãos da comunidade cristã. Desta forma, aquela multidão dos fiéis cristãos da comunidade de Jerusalém, uma vez enriquecida dos bens espirituais que receberam de Cristo, se sentiu impulsionada a praticar as obras de misericórdia com os irmãos necessitados, repartindo fraternalmente os seus bens materiais. Este foi o primeiro efeito espontâneo que brotou no coração das pessoas que se converteram e abraçaram a fé no Cristo Senhor. Pois, todos aqueles que estavam repletos das riquezas espirituais recebidas de Cristo, com sua morte e ressurreição, sentiram-se impulsionados a repartir com liberalidade os seus bens materiais com os irmãos da comunidade dos fiéis.
Por isso, São Lucas deu o seguinte testemunho: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas, vendiam-nas, levavam o dinheiro, e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um” (At 4, 32; 34-35).
São João, acrescentou dizendo que, todo fiel cristão que ama a Deus e ama ao próximo, deve estar sempre disposto a praticar as obras de misericórdia e cumprir os mandamentos divinos: “Pois, todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que dele nasceu. Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus (1Jo 5, 1-5)?
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