O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. 19Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse. 20E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens; mas Adão não encontrou uma auxiliar semelhante a ele. 21Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. 22Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. 23E Adão exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque foi tirada do homem”. 24Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.
Feliz és tu se temes o Senhor * e trilhas seus caminhos! 2Do trabalho de tuas mãos hás de viver, * serás feliz, tudo irá bem! 3A tua esposa é uma videira bem fecunda * no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira * ao redor de tua mesa. 4Será assim abençoado todo homem * que teme o Senhor. 5O Senhor te abençoe de Sião, * cada dia de tua vida, para que vejas prosperar Jerusalém, * 6e os filhos dos teus filhos. Ó Senhor, que venha a paz a Israel, * que venha a paz ao vosso povo!
Irmãos: 9Jesus, a quem Deus fez pouco menor do que os anjos, nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte. 10Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos. 11Pois tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos.
Naquele tempo, 2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” 10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. 13Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste domingo nos apresenta uma breve explicação sobre os fundamentos doutrinais do Sacramento do Matrimônio.
Lá no início da criação, quando Deus criou os seres humanos aqui neste mundo, ele os fez homem e mulher. E, ao criar o homem, Deus logo percebeu que ele não podia ficar só, pois precisava de uma companheira semelhante a ele, que lhe fizesse companhia e que pudesse auxiliá-lo em muitas coisas que ele não podia fazer sozinho. E dentre estas coisas que somente a mulher poderia realizar era o de gerar filhos, para que a humanidade se multiplicasse. Por isso, Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. E Adão exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque foi tirada do homem”. Por fim o próprio Deus concluiu, realizando uma aliança conjugal entre o casal, dizendo: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne” (Gn 2, 24).
Aquela natural união conjugal entre o homem e a mulher foi elevada, posteriormente, por Jesus Cristo, pela força de sua graça, ao grau de sacramento. Desta forma, retomando aquela antiga e primordial aliança que Deus estabelecera entre Adão e Eva, ele a transformou, pelo vínculo e pela graça do sacramento do matrimônio, numa aliança muito mais firme e estável. Por isso, Jesus disse: “No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mc 10, 6-9)!
Assim sendo, caros irmãos, o casal cristão, unido pelo sacramento do matrimônio, seria revestido da graça divina para que ambos seguissem firmes no caminho de salvação, em justiça e santidade, unindo-se estreitamente a Jesus Cristo. Como disse o Apóstolo: “Pois tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos”(Hb 2, 11). Por isso, suportando juntos os sofrimentos e as provações da vida, estariam imitando a Cristo – “por quem e para quem todas as coisas existem -, o qual desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos” (Hb 2, 10).
Desta forma, Jesus Cristo quis que esta união conjugal se tornasse, pelo vínculo do sacramento do matrimônio, o fundamento sólido da família cristã. Pois, por meio deste sacramento Deus concederia ao casal cristão aquelas graças necessárias para que ele pudesse desempenhar bem todas as responsabilidades da vida familiar e conjugal, ao longo de toda a vida. Tornando-os, assim, bem dispostos em auxiliarem-se mutuamente nas necessidades desta vida, resguardando-se no amor e na paz. Como disse o profeta: “Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida, para que vejas prosperar Jerusalém, e os filhos dos teus filhos” (Sl 127, 1-6).
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