Jó disse: 1“Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário? 2Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, 3assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. 4Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer. 6Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear, e se consomem sem esperança. 7Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade!
Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, † cantai ao nosso Deus, porque é suave: * ele é digno de louvor, ele o merece! 2O Senhor reconstruiu Jerusalém, * e os dispersos de Israel juntou de novo. 3ele conforta os corações despedaçados, * ele enfaixa suas feridas e as cura; 4fixa o número de todas as estrelas * e chama a cada uma por seu nome. 5É grande e onipotente o nosso Deus, * seu saber não tem medida nem limites. 6O Senhor Deus é o amparo dos humildes, * mas dobra até o chão os que são ímpios.
Irmãos: 16Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. 19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 22Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele.
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste domingo nos mostra a jornada de um dia na vida de Jesus. Todas as leituras, a certo modo, se referem ao trabalho missionário de Cristo, empenhado no ensino de sua sabedoria de vida e do seu Evangelho.
O Evangelista Marcos, logo no começo do seu Evangelho, nos deu uma demonstração muito resumida de um dia de trabalho de Jesus Cristo, no qual ele se dedicava inteiramente à obra de evangelização. Assim sendo, num dia de sábado, na parte da manhã, todos estavam reunidos na Sinagoga, na qual Jesus dera a sua mensagem. Depois disto, Jesus e os discípulos foram à casa de Pedro, na qual encontraram sua sogra acamada e com febre. Jesus imediatamente a curou e, assim, ela pôs-se a servi-los no almoço (Cfr Mc 1, 29-31).
Ao cair da tarde, Jesus atendeu a uma multidão de pessoas que ali se aglomeravam para vê-lo e ouvi-lo. Jesus, com toda delicadeza e bondade, acolhia a todos e realizou inúmeras curas e milagres. Feito isto, depois de um rápido descanso, já de madrugada, retirou-se para rezar (Cfr Mc 1, 32-35).
Primeiramente podemos dizer que as palavras de Paulo, a respeito do seu ministério de evangelização se aplicam, sobretudo, ao nosso Senhor Jesus Cristo, quando ele diz: “Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado” (1Cor 9, 16-17).
São Paulo aprendeu de Cristo o modo como devia se comportar o apóstolo na hora de evangelizar. Assim como Jesus, Paulo dizia que ele estava muito feliz e sentia-se devidamente recompensado por Deus, ao se dedicar inteiramente à obra da evangelização, para conquistar o máximo de pessoas para Cristo e para a salvação, quando dizia: “Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele” (1Cor 9, 18-23).
A pregação evangélica de Jesus consistia basicamente em exortar as pessoas a levarem uma conduta de vida honesta e tranquila; com sabedoria, conformando suas vidas aos mandamentos divinos. Todos deviam suportar as adversidades da vida com paciência e humildade, como dizia Jó: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade” (Jó 7, 1-3; 7)! Ou como dizia o sábio salmista: “Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave: ele é digno de louvor, ele o merece! É grande e onipotente o nosso Deus, seu saber não tem medida nem limites. O Senhor Deus é o amparo dos humildes, mas dobra até o chão os que são ímpios” (Sl 146, 4-6).
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