Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; talvez achareis um refúgio no dia da cólera do Senhor. 3,12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.
O Senhor é fiel para sempre,* faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos,* é o Senhor quem liberta os cativos. 8O Senhor abre os olhos aos cegos* o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo* 9É o Senhor quem protege o estrangeiro. 9Ele ampara a viúva e o órfão* mas confunde os caminhos dos maus. 10O Senhor reinará para sempre! † A Sião, o teu Deus reinará* para sempre e por todos os séculos!
Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; 28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.
Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
Caríssimos discípulos e discípulas do Senhor! A liturgia da Palavra nos diz que o nosso Deus é um Deus dos humildes e dos pobres! Diz também, que ele tem um olhar de predileção sobre aqueles que vivem na simplicidade, na mansidão, na justiça e na piedade! Pois, “o Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. O Senhor abre os olhos aos cegos o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo” (Sl 145, 7-8).
Jesus, ao dar início à sua pregação, apresentou-nos o seu “Sermão da Montanha” com as nove Bem-aventurança. Em poucas palavras ele, ali naquelas Bem-Aventuranças, resumiu todo o seu Evangelho. Revelou-nos dizendo que: “Bem-aventurados são os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5, 3). E, a seguir ele apresentou-nos outras virtudes, tais como: a mansidão, a paciência, a misericórdia, a resiliência diante dos sofrimentos e das perseguições, que seriam os meios para se alcanças a bem-aventurança e a salvação eterna. Com estas palavras Jesus nos disse aquilo que Sofonias já havia profetizado a respeito daquele “resto de Israel”, que seria obediente e fiel a Deus, graças à sua simplicidade, humildade e piedade, dizendo: “Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; talvez achareis um refúgio no dia da cólera do Senhor. E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel” (Sf 2, 3; 3, 12).
Isto explica o motivo por que Jesus Cristo prefere ter discípulos que prezem pela simplicidade, pela pobreza e pela humildade, como disse o Apóstolo: “Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele” (1Cor 1, 27-29).
Assim, sendo, todo aquele que quiser meditar com piedade e recolhimento o sermão que nosso Senhor Jesus Cristo pronunciou na montanha, tal como o lemos no Evangelho segundo Mateus, encontrará aí, por certo, um programa perfeito de vida cristã, destinado à direção dos costumes. Pois, este sermão contêm todos os preceitos de perfeição, próprios a guiar a vida cristã, no caminho de salvação, rumo à Bem-aventurança da Vida Eterna, no Reino dos Céus.
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