Naqueles dias, 42veio também um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros frutos da terra: eram vinte pães de cevada e trigo novo. E Eliseu disse: “Dá ao povo para que coma”. 43Mas o seu servo respondeu-lhe: “Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas?” Eliseu disse outra vez: “Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará'”. 44O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,* e os vossos santos com louvores vos bendigam! 11Narrem a glória e o esplendor do vosso reino* e saibam proclamar vosso poder! 15Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam* e vós lhes dais no tempo certo o alimento; 16vós abris a vossa mão prodigamente* e saciais todo ser vivo com fartura. 17É justo o Senhor em seus caminhos,* é santo em toda obra que ele faz. 18Ele está perto da pessoa que o invoca* de todo aquele que o invoca lealmente.
Irmãos: 1Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.
Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje professa, com toda a confiança, que o mesmo Deus que providencia o alimento do pão para sustentar o nosso corpo, é também aquele que nos alimenta com o pão de sua Palavra, para sustentar o nosso espírito! Acreditamos também, que este Deus que providenciou os pães de forma extraordinária e miraculosa, através de Jesus Cristo e do profeta Elizeu, é o mesmo Deus que nos providencia ordinariamente o pão nosso de cada dia, através do nosso trabalho!
Assim sendo, caros irmãos, os milagres da multiplicação dos pães, efetuados por Jesus e pelo profeta Elizeu, nos apresentam três significados muito importantes. O primeiro significado espiritual deste evento extraordinário e sobrenatural, seria a conexão estreita que existia entre os milagres da multiplicação dos pães e o ministério profético da Palavra de Deus. Pois, o anúncio profético da Palavra de Deus era tão extraordinário e divino quanto os milagres da multiplicação dos pães. O segundo significado estaria no sentido de que a finalidade dos milagres da multiplicação dos pães não consistia apenas em saciar a fome de pão, mas indicava os poderes divinos da palavra dos profetas que realizaram aqueles milagres. E o terceiro significado estaria no fato de que os profetas deveriam distribuir às multidões a palavra de vida e salvação, da mesma forma como eles distribuíam os pães milagrosamente multiplicados por Deus.
Tendo presente tais explicações, entenderemos o significados dos milagres realizados por Deus, pelas palavras de Cristo e do profeta Elizeu. Conforme as palavras do profeta Elizeu que disse: “Dá ao povo para que coma”. Mas o seu servo respondeu-lhe: “Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas?” Eliseu disse outra vez: “Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará'”. O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor” (2Rs 4, 42-44).
Jesus Cristo, por sua vez, vendo aquela enorme multidão de pessoas que se aglomerava em torno dele, para ouvir o seu evangelho e ver os prodígios que ele realizava, aproveitou-se daquela circunstância para dar um testemunho de sua condição divina, fazendo o milagre da multiplicação dos pães. Por isso, Jesus ordenou aos seus discípulos, sem invocar a Deus, dizendo-lhes: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo” (Jo 6, 10-11; 14).
Enfim, caros irmãos, o Apóstolo São Paulo deu um belo testemunho de fé em Jesus Cristo, dizendo: “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos” (Ef 4, 5-6).
Desta forma, todos nós, unidos aos apóstolos e aquela grande multidão de judeus que presenciou aquele prodígio tão extraordinário do milagre da multiplicação dos pães, louvemos ao nosso Deus que tudo nos providencia, e ao nosso Senhor Jesus Cristo, dizendo: “Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam e vós lhes dais no tempo certo o alimento; vós abris a vossa mão prodigamente e saciais todo ser vivo com fartura. É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz” (Sl 144, 11; 15-17).
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