Moisés falou ao povo dizendo: 32“Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante. 33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? 34Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos? 39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.
Reta é a palavra do Senhor,* e tudo o que ele faz merece fé. 5Deus ama o direito e a justiça,* transborda em toda a terra a sua graça. 6A palavra do Senhor criou os céus,* e o sopro de seus lábios, as estrelas. 9Ele falou e toda a terra foi criada,* ele ordenou e as coisas todas existiram. 18Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,* e que confiam esperando em seu amor, 19para da morte libertar as suas vidas * e alimentá-los quando é tempo de penúria. 20No Senhor nós esperamos confiantes,* porque ele é nosso auxílio e proteção! 22Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,* da mesma forma que em vós nós esperamos!
Irmãos: 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai! 16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.
Naquele tempo, 16Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. 18Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo nosso Senhor! Nesta Solenidade da Santíssima Trindade a Liturgia da Palavra nos oferece um testemunho de fé no Mistério da Santíssima Trindade – do Deus Uno e Trino – que é o fundamento de nossa fé e do nosso batismo, e ao mesmo tempo está no coração de nossa Religião Católica.
O Evangelho que acabamos de ouvir apresentou as últimas palavras de Jesus, minutos antes de ser elevado aos céus, desaparecendo definitivamente aos olhos de seus discípulos. Estas palavras adquiriram um significado transcendental para os promotores desta nova religião que Jesus viera inaugurar no mundo. Estas derradeiras palavras eram os verdadeiros fundamentos da religião cristã, que deveria ser divulgada pelos Onze (Doze) Apóstolos.
Primeiramente Jesus Cristo declarou aos Onze que estavam ali, na sua presença, dizendo-lhes que Deus lhe havia conferido toda a autoridade divina sobre toda a humanidade e sobre todo o universo, dizendo: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 18).
A seguir, Jesus Cristo conferiu aos Apóstolos o ministério de divulgar esta nova crença e ensinar a doutrina do seu Evangelho a todos os povos. E, desta forma, deveriam transformar as pessoas que aderissem ao seu Evangelho em autênticos discípulos dele, dizendo: “Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (Mt 28, 19-20)!
E, finalmente, Jesus ordenou aos seus discípulos que divulgassem no mundo inteiro a crença no Deus Uno e Trino, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Este era o Rosto Verdadeiro de Deus, revelado por Jesus Cristo. Este era o Deus único e Verdadeiro, Senhor do céu e da terra, princípio e fundamento da fé e da doutrina de Jesus Cristo. E assim sendo, todos aqueles aderissem a este Deus que é Pai, que é Filho e que é Espírito Santo deveriam ser marcados com o sinal indelével do Batismo, dizendo: “Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).
São Paulo, transmitindo este mesmo Evangelho aos cristãos que estavam em Roma, lhes dizia as mesmas coisas que Jesus dissera aos seus discípulos no monte da Galileia, antes de partir para o céu. Paulo, entretanto, fez a sua profissão de fé no Deus Uno e Trino de uma forma muito criativa e concreta, demonstrando que a Trindade Santa e Divina se encontrava na própria vida dos discípulos e na comunidade cristã, dizendo do seguinte modo: “Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai! O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo” (Rm 8, 14-17).
Da mesma forma como Paulo deu o seu testemunho sobre o Deus Uno e Trino, que se revelou aos seu discípulos e estava agindo na vida deles, assim também Moisés deu o seu testemunho de fé ao Povo Eleito. Ele disse que o Deus e Senhor do céu e da terra estava presente no meio do Povo de Israel, dizendo: “Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações? Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele” (Dt 4, 33- 34; 39).
E, finalmente, o testemunho de Moisés foi confirmado pelo profeta, que disse: “A palavra do Senhor criou os céus, e o sopro de seus lábios, as estrelas. Ele falou e toda a terra foi criada, ele ordenou e as coisas todas existiram. Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! (Sl 32, 6; 9; 18-20).
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