Naqueles dias, 2o sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até ao meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. 4Esdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim. 5Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. 6Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 8E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. 9O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.
A lei do Senhor Deus é perfeita, * conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, * sabedoria dos humildes. 9Os preceitos do Senhor são precisos, * alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, * para os olhos é uma luz. 10É puro o temor do Senhor, * imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos * e justos igualmente. 15Que vos agrade o cantar dos meus lábios * e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, * meu Rochedo e Redentor!
Irmãos: 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. 14Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros. 15Se o pé disser: “Eu não sou mão, portanto não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo. 16E se o ouvido disser: “Eu não sou olho, portanto não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo. 17Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se o corpo todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18De fato, Deus dispôs os membros e cada um deles no corpo, como quis. 19Se houvesse apenas um membro, onde estaria o corpo? 20Há muitos membros, e, no entanto, um só corpo. 21O olho não pode, pois, dizer à mão: “Não preciso de ti”. Nem a cabeça pode dizer aos pés: “Não preciso de vós”. 22Antes pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são muito mais necessários do que se pensa. 23Também os membros que consideramos menos honrosos, a estes nós cercamos com mais honra, e os que temos por menos decentes, nós os tratamos com mais decência. 24Os que nós consideramos decentes não precisam de cuidado especial. Mas Deus, quando formou o corpo, deu maior atenção e cuidado ao que nele é tido como menos honroso, 25para que não haja divisão no corpo e, assim, os membros zelem igualmente uns pelos outros. 26Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se é honrado, todos os membros se regozijam com ele. 27Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. 28E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para obras de misericórdia, dom de governo e direção, dom de línguas. 29Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam milagres? 30Todos têm o dom das curas? Todos falam em línguas? Todos as interpretam?
Foi o Senhor quem me mandou anunciar a boas notícias; ao pobre e a quem está no cativeiro, eu vou proclamar a libertação!
Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. 3Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. 4Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo, 4,14Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. 16E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste Domingo nos exorta a ouvirmos a Palavra de Deus com toda atenção, fé e humildade. Pois, somente desta forma conseguiremos acolher a Boa-Nova da Palavra de Deus, que nos foi transmitida por Jesus Cristo, o Verbo de Deus, na unção e no poder do Espírito Santo. Desta forma, a Palavra de Deus realiza em nós a conversão, para nos tornar filhos de Deus e membros do Corpo Místico de Cristo.
Lá no Antigo Testamento, o povo de Israel fez uma experiência maravilhosa com a Palavra de Deus, quando eles puderam novamente ouvir a leitura da Lei de Deus, proclamada pelo sacerdote e escriba Esdras. O povo se mostrava, naquela ocasião, sedento e bem disposto em ouvir os preceitos do Senhor. Todos aqueles que estavam ouvindo a Palavra de Deus tinham acabado de chegar a Jerusalém, depois de terem passado longos anos de exílio na Babilônio. Lá na Babilônio eles eram impedidos de praticar a religião judaica, e muitos, com o passar do tempo, ignoravam a Lei de Moisés. Por isso, o governador Neemias e o o escriba Esdras decidiram instruir o povo, proclamando publicamente o Livro da Lei. “Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até ao meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura” (Ne 8, 3; 8).
Por fim, “o governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, e disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força” (Ne 8, 9-10). Por isso, indo cada qual para sua casa, derramando lágrimas de alegria, todos elevavam a Deus uma oração de louvor e de júbilo, dizendo: “A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz. Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor” (Sl 18B, 8-9; 15)!
Mais tarde, vemos Jesus realizando algo semelhante ao que o escriba Esdras realizou. Porém, Jesus não estava em Jerusalém, mas em Nazaré, na Galileia. Ele não anunciou a Lei de Moisés, mas proclamou a Nova Lei do seu Evangelho. Jesus se apresentou publicamente ao povo judeu de Nazaré como o Messias e o Profeta, anunciando a Boa-Nova da salvação! Pois, naquele tempo, “Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4, 14-19).
Depois de terminar a leitura desta passagem do profeta Isaías, Jesus, com toda solenidade e ponderação, “fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir” (Lc 4, 20-21). Jesus Cristo se apresentava, assim, diante de todo o povo que estava na sinagoga, como sendo o Messias e o Salvador da humanidade; prometido por Deus através de Isaías e de todos os profetas. Ele, “o Verbo de Deus que se fez carne” veio a este mundo, ungido pelo Espírito Santo, “para anunciar a Boa-Nova aos pobres; para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista e para libertar os oprimidos” (Cfr. Jo 1, 14. Lc 4, 18).
E, todos aqueles fiéis judeus que ouviram o Evangelho da Boa-Nova de Jesus Cristo com fé sincera, se tornaram discípulos dele. E assim, todos estes discípulos de Jesus Cristo que aderiram a ele com fé e receberam o batismo, foram acolhidos por Cristo no seu Reino e foram incorporados no Corpo Místico de Cristo, que era a sua Igreja. Conforme as palavras do Apóstolo Paulo, que disse: “De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros” (1Cor 12, 13-14). “Pois vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar” (1Cor 12, 27-28).
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