Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita a teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17e, na justiça, será para tua edificação.
Feliz és tu se temes o Senhor * e trilhas seus caminhos! 2Do trabalho de tuas mãos hás de viver, * serás feliz, tudo irá bem! 3A tua esposa é uma videira bem fecunda * no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira * ao redor de tua mesa. 4Será assim abençoado todo homem * que teme o Senhor. 5O Senhor te abençoe de Sião, * cada dia de tua vida.
Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos. 16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai. 18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. 19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. 20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.
Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste 2º Domingo da Oitava de Natal nos coloca diante da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, reconhecendo-a como o modelo de família cristã, pois nela se encontram todas a mais elevadas virtudes da vida familiar.
José e Maria, moradores da cidade de Nazaré, na Galileia, formaram a sua família, num matrimônio divinamente estabelecido, no momento em que o Anjo Gabriel lhes apareceu e determinou que era por disposição da vontade divina que José recebesse Maria como sua esposa. E, ao mesmo tempo, o Anjo lhes anunciara dizendo que o Menino Jesus seria gerado por Maria, sem o concurso de José, porém, ele deveria ser reconhecido por José e por Maria como o filho de Davi. José deveria, portanto, recebê-lo como seu filho legítimo, fazendo com que este Menino-Deus, o Emanuel, fosse acolhido no regaço de uma família.
Seguindo com fidelidade as tradições judaicas, o casal José e Maria, depois do nascimento de Jesus em Belém, foram ao Templo de Jerusalém para cumprir as cerimônias determinadas pela religião judaica. Por isso, “quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade” Lc 2, 22; 39).
José, uma vez constituído por Deus como o chefe e cabeça da Família Sagrada recebeu a incumbência de ser o provedor e o protetor desta sublime comunidade doméstica, conforme as palavras do profeta, que disse: “Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor” (Sl 127, 1-4). Por isso, naquele ambiente familiar, da casa de José e Maria, “o menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele” (Lc 2, 40).
Naquela família de Nazaré, repleta das graças do Espírito Santo – que tinha o privilégio de ter em seu seio o Menino-Deus -, resplandeciam nela todas as virtudes mais elevadas da família. Esta família de Nazaré tornou-se, assim, modelo para todas as famílias, na qual os preceitos do Senhor seriam rigorosamente cumpridos, com temor e com amor! Assim como disse o profeta: “Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe” (Eclo 3, 3-7).
E, sobretudo, nesta Família Sagrada encontramos o modelo perfeito de família cristã, conforme as palavras de Paulo: “Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai. Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem” (Cl 3, 17-21).
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