Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra.
O Senhor está perto da pessoa que o invoca! 2Todos os dias haverei de bendizer-vos, * hei de louvar o vosso nome para sempre. 3Grande é o Senhor e muito digno de louvores, * e ninguém pode medir sua grandeza. 8Misericórdia e piedade é o Senhor, * ele é amor, é paciência, é compaixão. 9O Senhor é muito bom para com todos, * sua ternura abraça toda criatura. 17É justo o Senhor em seus caminhos, * é santo em toda obra que ele faz. 18Ele está perto da pessoa que o invoca, * de todo aquele que o invoca lealmente.
Irmãos: 20cCristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. 23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo — o que para mim seria de longe o melhor — 24mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 27aSó uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo.
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos,
começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. 13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.
Caríssimos irmãos em Cristo nosso Senhor! A Liturgia da Palavra deste domingo nos nos exorta a sermos todos “servos do Senhor”, que se empenham arduamente nos trabalhos da “vinha do Senhor”! A mensagem espiritual da Liturgia de da Palavra deste domingo tem sua raiz na parábola de Jesus, que acabamos de ouvir, na qual ele nos fala sobre aquele patrão que contratou trabalhadores para a sua vinha. Neste caso, Jesus estaria dizendo que Deus seria este patrão; os trabalhadores seríamos nós; e a vinha poderia tanto ser a Igreja, quanto a nossa vida pessoal e espiritual. E Jesus nos dá a garantia de que todos aqueles servos (empregados, trabalhadores) que aceitarem trabalhar para este divino Patrão, seriam, com toda justiça, remunerados de forma justa e abundante. Ou seja, com esta parábola Jesus quis dizer que todo trabalho que nós fizermos – enquanto estivermos aqui neste mundo -, para aprimorar a nossa vida espiritual e moral, com a intensão de sermos agradáveis aos olhos de Deus – o divino Patrão – seremos devidamente recompensado e remunerado por Deus. Assim como o trabalho é de ordem espiritual – que consiste no ministério da Palavra de Deus na sua Igreja, ou nos esforços pessoais de viver uma vida espiritual na santidade e no serviço a Deus -, também espiritual será a recompensa – que consiste na bem-aventurança eterna no Reino dos Céus. Com esta parábola Jesus quis nos estimular a buscar o Reino dos Céus como a remuneração e a recompensa de todos os nossos trabalhos, sacrifícios, esforços feitos para buscar a Deus e perseverar no caminho de salvação. Portanto, o Reino dos Céus seria aquele precioso salário que o Divino Patrão recompensará, certamente, todos os servos que trabalharem na vinha do Senhor! As outras leituras, caros irmãos, pretendem dizer a mesma coisa, em outras palavras. Assim sendo, o profeta Isaías convocava os ímpios a deixarem o seus maus caminhos, empreendendo um grande esforço de conversão, por isso ele dizia: “Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão” (Is 55, 6-7). Neste mesmo sentido, o profeta Davi exortava vivamente, dizendo: “O Senhor está perto da pessoa que o invoca! Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura. É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz” (Sl 144, 1-2; 8-9; 17). São Paulo, por sua vez, estava muito ansioso em ir para junto de Deus, no Reino dos Céus, para receber a sua justa remuneração espiritual e eterna, dizendo: “Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo — o que para mim seria de longe o melhor” (Fl 1, 20-23).
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