Pedro, de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22“Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isso vós bem o sabeis. 23Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz.24Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25Pois Davi dele diz: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua, e até minha carne repousará na esperança. 27Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu santo experimente corrupção. 31É, portanto, a ressurreição de Cristo que Davi previu e anunciou com as palavras: ‘Ele não foi abandonado na região dos mortos, e sua carne não conheceu a corrupção’. 32Com efeito, Deus ressuscitou esse mesmo Jesus, e disso todos nós somos testemunhas. 33E agora, exaltado pela direita de Deus, Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai e o derramou, como estais vendo e ouvindo”.
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! † 2Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor: * nenhum bem eu posso achar fora de vós!” 5Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, * meu destino está seguro em vossas mãos! 7Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, * e até de noite me adverte o coração. 8Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo. 9Eis por que meu coração está em festa, † minha alma rejubila de alegria, * e até meu corpo no repouso está tranquilo; 10pois não haveis de me deixar entregue à morte, * nem vosso amigo conhecer a corrupção. 11Vós me ensinais vosso caminho para a vida; † junto a vós, felicidade sem limites, * delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Caríssimos, 17se invocais como Pai aquele que, sem discriminação, julga a cada um de acordo com as suas obras, vivei então respeitando a Deus durante o tempo de vossa migração neste mundo. 18Sabeis que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por meio de coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, 19mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito. 20Antes da criação do mundo, ele foi destinado para isso e, neste final dos tempos, ele apareceu por amor de vós. 21Por ele é que alcançastes a fé em Deus. Deus o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, e assim a vossa fé e esperança estão em Deus.
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. 25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Caríssimos discípulos e discípulas do Cristo Ressuscitado! A Liturgia da Palavra deste 3º Domingo da Páscoa, nos apresenta vários testemunhos da Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo! Somente cinquenta dias após a ressurreição de Jesus, os Apóstolos tomaram coragem de vir a público e anunciar que: aquele que fora crucificado e morto pelas mãos dos ímpios, estava, agora, e por toda eternidade, vivo e ressuscitado! Encorajados e cheios do Espírito Santo, os apóstolos começaram a proclamar o seu testemunho da Ressurreição de Cristo!
Vemos, assim, Pedro dando o seu testemunho, no seu primeiro discurso querigmático, em Jerusalém, no dia de Pentecostes, dizendo: “Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isso vós bem o sabeis. Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. Com efeito, Deus ressuscitou esse mesmo Jesus, e disso todos nós somos testemunhas (At 2, 22-24).
Neste mesmo discurso, o Apóstolo Pedro apresentou o testemunho do rei e profeta Davi, tão estimado e acreditado pelos Judeus, que profetizou a respeito da ressurreição de Cristo, dizendo o seguinte: “‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua, e até minha carne repousará na esperança. É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: ‘Ele não foi abandonado na região dos mortos, e sua carne não conheceu a corrupção’” (At 2, 25-31). Pedro, na sua carta pastoral, confirmou este testemunho, dizendo: “Pois, Deus ressuscitou Jesus dos mortos e lhe deu a glória, e assim a vossa fé e esperança estão em Deus” (1Pd 1, 21).
Por último, queremos apresentar o testemunho dos dois discípulos de Emaús. Neste testemunho, os discípulos quiseram deixar bem claro que, para poder ver o Senhor Ressuscitado era necessário ter fé, pois, somente a fé, iluminada pela graça de Deus, permite ver Jesus Cristo, como o Senhor e Deus. Pois, segundo o relato dos discípulos, Jesus estava ao lado deles, de forma invisível, quando os dois caminhavam tristes e acabrunhados recordando a morte de Jesus. Porém, por lhes faltar fé, não o reconheceram! Quando Jesus começou a caminhar ao lado deles, eles não o reconheceram, por que estavam demasiadamente perturbados e não conseguiam acreditar que aquele homem fosse Jesus. Quando Jesus se manifestou, ao partir o pão, ficaram repletos da graça do Espírito Santo, e, finalmente, conseguiram ver Jesus e acreditar que ele era, de fato, o Senhor!
Uma vez Jesus desaparecendo diante deles, ele continuou ao lado deles – em espírito e verdade, vivo e ressuscitado! E eles testemunharam, dizendo: “Quando Jesus se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros” (At 2, 30-33).
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