O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.
Pois reta é a palavra do Senhor,* e tudo o que ele faz merece fé. 5Deus ama o direito e a justiça,* transborda em toda a terra a sua graça. 18Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,* e que confiam esperando em seu amor, 19para da morte libertar as suas vidas* e alimentá-los quando é tempo de penúria. 20No Senhor nós esperamos confiantes,* porque ele é nosso auxílio e proteção! 22Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,* da mesma forma que em vós nós esperamos!
Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos, então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.
Naquele tempo, 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. 36Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?” 37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!” 38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” 39Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”. 41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. 42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste domingo nos revela o mistério da redenção dos nossos pecados, e o mistério de nossa salvação ao Reino da eterna glória! Pois, quando Jesus Cristo ofereceu-se a si mesmo em sacrifício na cruz, ele obteve a redenção de nossos pecados. E, com a sua morte na cruz, ele se tornou causa de nossa salvação!
Deus Pai decidira, em sua infinita sabedoria, realizar a remissão de nossos pecados mediante o sofrimento e a humilhação. Por isso, quando Jesus Cristo veio a este mundo para realizar, em seu corpo, a remissão de nossos pecados, ele teve que se submeter a inúmeros sofrimentos, maus-tratos e humilhações. Por isso, Jesus Cristo, o Filho de Deus, se submeteu ao cruento sacrifício da cruz. Para revelar-nos esta missão redentora de Cristo pelo sofrimento, o profeta Isaías disse: “O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas” (Is 53, 10-11).
Quando Jesus se submeteu aos atrozes sofrimentos da crucificação, ele era ao mesmo tempo o Cordeiro de Deus que se imolava em favor de toda a humanidade, e também era o Sumo Sacerdote que administrava este sacrifício redentor. Por isso, ele continua, lá no céu, no seu trono de glória, exercendo este ministério de redenção até o fim dos tempos, para redimir os pecadores arrependidos, mantendo sua condição de Cordeiro e de Sumo Sacerdote. Por isso, disse São Paulo: “Irmãos, temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia” (Hb 4, 14-16).
Entretanto, caros irmãos, além de redimir-nos de nossos pecados, Jesus Cristo veio nos dar também a salvação eterna. E esta salvação, segundo os desígnios do Pai, deveria passar pelo mesmo caminho de sofrimentos, ao ponto de entregar a sua vida na morte da Cruz. E foi o próprio Jesus Cristo quem revelou aos Apóstolos este mistério de salvação, dizendo-lhes: “Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado” (Mc 10, 38-39). Com isso, Jesus deixou claro que todos os que quisessem ser salvos, deveriam estar dispostos a abraçar junto com ele a sua cruz, e unir-se a ele numa morte semelhante a dele.
Para completar tal ensinamento sobre os mistérios de nossa salvação, Jesus, na verdade, louvou os apóstolos que desejavam alcançar os lugares mais privilegiados e destacados no Reino dos céus. Porém, enquanto eles estivessem neste mundo deveriam primar pela humildade e pelo espírito de serviço, dizendo-lhes: “Quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (Mc 10, 44-45). Pois, como dizia o profeta: “O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria” (Sl 32, 18-19).
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