Assim fala o Senhor: 12“Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. 13Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. 14O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu boi, nem teu jumento, nem algum de teus animais, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades, para que assim teu escravo e tua escrava repousem da mesma forma que tu. 15Lembra-te de que foste escravo no Egito e que de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te mandou guardar o sábado”.
Cantai salmos, tocai tamborim, * harpa e lira suaves tocai! 4Na lua nova soai a trombeta, * na lua cheia, na festa solene! 5Porque isso é costume em Jacó, * um preceito do Deus de Israel; 6uma lei que foi dada a José,* quando o povo saiu do Egito. Eis que ouço uma voz que não conheço: * 7“Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos. * 8Na angústia a mim clamaste, e te salvei. 10Em teu meio não exista um deus estranho * nem adores a um deus desconhecido! 11Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, * que da terra do Egito te arranquei.
Irmãos: 6Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz”, é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo. 7Ora, trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal.
Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?” 25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. 3,1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.
Caríssimos irmãos e irmãs! Neste 9º Domingo do Tempo Comum a Liturgia da Palavra nos leva a refletir sobre o dia dedicado ao Senhor, o Domingo, como um Mandamento divino, registrado no Decálogo. Veremos logo a seguir como o Sábado foi transferido para o Domingo, por determinação de Cristo e do Espírito Santo.
Como sabemos, os judeus guardavam o Sábado, que foi instituído por Deus, através de Moisés, como 3º mandamento da Lei de Deus. “Pois, assim falou o Senhor: “Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus” (Dt 5, 12-14).
E este descanso sabático também servia como memória da libertação da escravidão e dos trabalhos forçados no Egito, conforme as palavras do Profeta, que disse: “Porque isso é costume em Jacó, um preceito do Deus de Israel; uma lei que foi dada a José, quando o povo saiu do Egito. Eis que ouço uma voz que não conheço: “Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos. Na angústia a mim clamaste, e te salvei” (Sl 80, 5-8).
Porém, para os cristãos, o dia do Senhor passou a ser guardado no Domingo, por ser o dia da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta prática foi introduzida na Igreja Católica desde o tempo dos Apóstolos. Foram eles que se sentiram autorizados, por ordem de Jesus Cristo e por inspiração do Espírito Santo, a transferirem o Sábado (7º dia da semana) para o Domingo (1º dia da semana), como dia santo de guarda, determinado pelo 3º Mandamento da Lei de Deus.
Na verdade quem fez esta mudança – de transferir o dia do Senhor do Sábado para o Domingo – foi o próprio Jesus Cristo. Pois ele, sendo Deus, tinha autoridade divina para estabelecer certas mudanças no Decálogo, afim de aperfeiçoá-lo e adaptá-lo ao regime da Nova Aliança. Os Apóstolos, inspirados pelo Espírito Santo e pelas palavras de Jesus, instituíram esta nova forma de guardar o dia do Senhor, não no Sábado mas no Domingo. E esta prática de guardar o Domingo como “Sábado” cristão tornou-se um dos sinais distintivos e emblemáticos da religião cristã, diante do judaísmo.
No Evangelho que acabamos de ouvir, vimos que Jesus, entrando em polêmica com os judeus a respeito do Sábado, foi repreendido pelos fariseus por ter permitido aos seus discípulos, em dia de Sábado, colherem trigo para comer. Pois, este gesto seria um trabalho servil, proibido na Lei. Assim sendo, “Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido” (Mc 2, 23-24)? E logo a seguir Jesus lhes respondeu: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado” (Mc 2, 27-28).
Esta resposta que Jesus deu aos fariseus foi muito bem compreendida pelos discípulos, que guardaram este ensinamento do Mestre, como doutrina evangélica a respeito do Sábado. Os Apóstolos compreenderam que Jesus Cristo tinha autoridade acima dos Mandamentos da Lei de Deus e que ele podia modificar e aperfeiçoar o Decálogo.
Na situação seguinte Jesus declarou que as obras de misericórdia e de caridade estariam acima das leis referentes ao descanso sabático. Por isso, ele fez as seguintes perguntas: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer” (Mc 3, 4)? E Jesus ficou muito triste e desapontado com a reação dos chefes dos judeus que estavam na sinagoga; pois, “eles nada disseram. Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo” (Mc 3, 5-6).
São Paulo deu um testemunho muito forte sobre os perigos, maus tratos e perseguições que incorrem os discípulos de Cristo, que abandonarem o Sábado e adotarem o Domingo como norma evangélica de vida. Pois, quem guarda o Domingo persevera na fé em Cristo e permanece na luz; conforme as palavras do Senhor: “Do meio das trevas brilhe a luz”; pois, o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, tornará claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo” (2Cor 4, 6-10). E todo aquele que perseverar unido a Cristo, guardando o Domingo, sofrerá as mesmas perseguições que ele sofreu, como disse Paulo: “Por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos” (2Cor 4, 10).
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