Disse Deus a Noé e a seus filhos: 9“Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, 10com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca. 11Estabeleço convosco a minha aliança: nunca mais nenhuma criatura será mais exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”. 12E Deus disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: 13ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra. 14Quando eu reunir as nuvens sobre a terra, aparecerá meu arco nas nuvens. 15Então eu me lembrarei de minha aliança convosco e com todas as espécies de seres vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura”.
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, * e fazei-me conhecer a vossa estrada! 5Vossa verdade me oriente e me conduza, * porque sois o Deus da minha salvação. 6Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura * e a vossa compaixão que são eternas! 7De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia * e sois bondade sem limites, ó Senhor! 8O Senhor é piedade e retidão, * e reconduz ao bom caminho os pecadores. 9Ele dirige os humildes na justiça, * e aos pobres ele ensina o seu caminho.
Caríssimos: 18Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo, pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito. 19No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, 20a saber, aos que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas por meio da água. 21À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo. 22Ele subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a ele anjos, dominações e potestades.
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo, palavra de Deus. O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus
Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. 14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
Caríssimos irmãos e irmãs, em Cristo nosso Senhor! A Liturgia da Palavra deste primeiro domingo da Quaresma nos leva a refletir sobre o efeito devastador do pecado em nossa vida. O pecado humano atrai sobre si a justiça divina que pune o pecador com a morte. Entretanto, Jesus Cristo – o Verbo de Deus que se fez carne – veio até nós e morreu para nos salvar da morte e nos livrar da escravidão do pecado!
Na verdade, caros irmãos, Deus não quer a morte do pecador, mas que ele viva e se salve! Por isso, a sua bondade infinita o cerca de cuidados e lhe confere todos os dons e graças necessários para fazer o bem, perseverar na justiça e alcançar a salvação. Porém, as más inclinações da carne, os atrativos do mundo e as tentações do maligno induzem-no ao pecado. Embora a misericórdia divina releve muitas coisas, a justiça divina exige uma devida reparação e um castigo dos nossos pecados. Por isso, em um certo momento a humanidade chegou a um tal nível de iniquidade que Deus decidira exterminá-la pelo Dilúvio, salvando apenas um grupo de oito pessoas: Noé e a sua família.
Depois do Dilúvio, Deus decidiu que não puniria mais humanidade daquela forma, como ele mesmo disse: “Estabeleço convosco a minha aliança: nunca mais nenhuma criatura será mais exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”. E Deus disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra” (Gn 9, 11-13). E assim, graças ao nosso Salvador e Redentor Jesus Cristo eles foram resgatado da morte e foram salvos, pois Jesus foi visitar aqueles justos “que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas por meio da água. À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação” (1Pd 3, 20-21).
Conforme o plano divino de salvação e redenção da humanidade, era necessário que o Verbo de Deus assumisse a condição humana para libertá-la da morte e do poder do pecado. Pois, toda a humanidade somente poderia ser libertada do pecado e obter a salvação, mediante a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme o testemunho de São Pedro: “Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo, pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito” (1Pd 3, 18).
Porém, a redenção dos nossos pecados, obtida pela morte redentora de Cristo, exigia uma certa participação nossa pelo arrependimento, pela conversão de vida e pelo afastamento de todo pecado, conforme a pregação evangélica de Jesus que dizia: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 15)! E, uma vez convertidos, deveríamos receber a graça do Sacramento do Batismo, que nos daria a salvação e a redenção dos nossos pecados, como disse São Pedro: “À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo” (1Pd 3,21).
Perseverando neste caminho de salvação e de redenção poderemos, então, elevar a Deus a seguinte oração: “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação. Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores” (Sl 24, 4-8). “Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo, palavra de Deus. O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus”(Mt 4,4b).
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