“Naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo; e será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações. Mas, nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem inscritos no Livro. 2Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. 3Mas os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade”.
1Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! 5Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, * meu destino está seguro em vossas mãos! 8Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, * pois se o tenho a meu lado não vacilo. 9Eis por que meu coração está em festa, † minha alma rejubila de alegria, * e até meu corpo no repouso está tranquilo; 10pois não haveis de me deixar entregue à morte, * nem vosso amigo conhecer a corrupção. 11Vós me ensinais vosso caminho para a vida; † junto a vós, felicidade sem limites, * delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Todo sacerdote se apresenta diariamente para celebrar o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, incapazes de apagar os pecados. 12Cristo, ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. 13Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. 14De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição definitiva os que ele santifica. 18Ora, onde existe o perdão, já não se faz oferenda pelo pecado.
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. 26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. 28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste Domingo nos apresenta vários testemunhos proféticos que nos revelam como sucederão os últimos dias deste mundo. Pois, Deus já determinou que este mundo deveria acabar e que tudo deveria ser destruído! E ao mesmo tempo, deveria se realizar, naquele pavoroso e fatídico dia, o Juízo Final de toda a humanidade. Pois, naquele dia “muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno” (Dn 12, 2).
Nós estamos vivendo atualmente, caríssimos irmãos, neste longo intervalo de tempo da paciência de Deus! Desde aqueles dias em que Jesus esteve entre nós, na sua primeira vinda – quando ele entregou a sua vida em sacrifício para a nossa salvação -, até aquele dia da sua segunda vinda – quando Jesus vier gloriosos para julgar os vivos e os mortos -, é o tempo de vigília e de esperança! É o tempo da paciência de Deus para que os homens se convertam e busquem, com fé e esperança, a sua salvação! “Pois, Jesus Cristo depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição definitiva os que ele santifica” (Hb 10, 12-14).
Embora aquele último dia aconteça de forma inesperada e instantânea, os filhos de Deus, iluminados pela graça divina, poderão com sabedoria e prudência interpretar os sinais dos tempos, na medida que aquele dia se aproxima. Pois, estes sinais que se manifestariam através de fenômenos naturais e cósmicos, demonstrariam que o fim estaria próximo. Como Jesus nos ensinou, dizendo: “Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas” (Mc 13, 28-29). Contudo, aquele dia do apocalipse final estaria guardado em total sigilo divino, como disse Jesus: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai” (Mc 13, 32).
Assim sendo, ao Jesus descrever alguns detalhes sobre aquele catastrófico dia, ele revelou-nos algumas fenômenos naturais de magnitude cósmica, que abalarão todo o universo, dizendo: “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas” (Mc 13, 24-25). E o profeta Daniel também revelou algo semelhante ao que Jesus disse, demonstrando que estes acontecimentos haveriam de deixar toda a humanidade perturbada e em grande aflição, dizendo que: “Naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo; e será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações” (Dn 12, 1).
Por fim, nos foi revelado que naquele dia se dará, ao mesmo tempo, o Juízo Final, como disse Jesus: “Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra” (Mc 13, 26-27). Pois, como disse o profeta Daniel: “Nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem inscritos no Livro. Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. Mas os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade” (Dn 12, 1-3). E para que não pairasse qualquer dúvidas sobre estes acontecimentos futuros que foram profetizados, Jesus acrescentou: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13, 31).
Deste modo, caros irmãos, todos nós que estamos aguardando confiantes a feliz esperança de sermos resgatados por Deus e sermos salvos pelo nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo, poderemos, então, cantar com fé e esperança, dizendo: “Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo. Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado” (Sl 15, 1; 6; 8; 11)!
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