O Senhor falou a Moisés e Aarão, dizendo: 2“Quando alguém tiver na pele do seu corpo alguma inflamação, erupção ou mancha branca, com aparência do mal da lepra, será levado ao sacerdote Aarão, ou a um dos seus filhos sacerdotes. 44Se o homem estiver leproso é impuro, e como tal o sacerdote o deve declarar. 45O homem atingido por este mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos em desordem e a barba coberta, gritando: ‘Impuro! Impuro!’ 46Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento”.
Feliz o homem que foi perdoado * e cuja falta já foi encoberta! 2Feliz o homem a quem o Senhor † não olha mais como sendo culpado, * e em cuja alma não há falsidade! 5Eu confessei, afinal, meu pecado, * e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” * E perdoastes, Senhor, minha falta. 11Regozijai-vos, ó justos, em Deus, † e no Senhor exultai de alegria! * Corações retos, cantai jubilosos!
Irmãos: 31Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 32Não escandalizeis ninguém, nem judeus, nem gregos, nem a igreja de Deus. 33Fazei como eu, que procuro agradar a todos, em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos. 11,1Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.
Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres tens o poder de curar-me”. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” 42No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!” 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste domingo nos quer revelar que assim como a lepra, que é uma doença devastadora que apodrece o corpo ainda em vida, da mesma forma o pecado corrompe a alma.
No livro do Levítico, Moisés deu algumas normas ao povo de Israel a respeito de algumas enfermidades contagiosas. Para que elas não se tornassem uma peste que contaminasse todo o povo, era necessário tomar algumas providências sanitárias. Assim, como a lepra era uma doença horrorosa que não tinham ainda recursos medicinais para curá-la, tomou-se algumas providências para evitar o contágio. Assim sendo, disse Moisés: “Se o homem estiver leproso é impuro, e como tal o sacerdote o deve declarar. O homem atingido por este mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos em desordem e a barba coberta, gritando: ‘Impuro! Impuro!'” (Lv 13, 44-45).
Infelizmente esta enfermidade da lepra, sendo identificada como uma impureza, ela adquiriu uma conotação de pecado e de impureza espiritual. Por isso, os leprosos, além de sofrerem os tormentos da enfermidade, eram maltratados, sofrendo uma cruel e humilhante discriminação, ao serem excluídos do convívio comunitário. Por isso, “durante todo o tempo em que estiver leproso, conforme a lei mosaica, será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento” (Lv 13, 46).
No Evangelho que ouvimos, Jesus, demonstrando compaixão pelo leproso, deu-lhe a cura de sua enfermidade de forma miraculosa. Dando-lhe, assim, a entender que Jesus, investido de poderes divinos, tinha o poder de livrá-lo desta pavorosa enfermidade. Assim sendo, “um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres tens o poder de curar-me”. Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado” Mc 1, 40-42).
Porém, Jesus estava muito mais interessado em curar a lepra da alma – o pecado – do que curar a lepra do corpo. Ele estava mais interessado em livrar o leproso das impurezas da alma do que das impurezas do corpo, provocadas pela enfermidade da lepra. Por isso, disse o Espírito Santo: “Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade! Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer” (Sl 31, 1-2; 5).
E para manter a alma dos cristãos distante de qualquer impureza ou de qualquer pecado que provocasse escândalo, bastaria fazer como aconselhou São Paulo, dizendo: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. Não escandalizeis ninguém, nem judeus, nem gregos, nem a igreja de Deus. Fazei como eu, que procuro agradar a todos, em tudo, a fim de que sejam salvos. Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1Cor 10, 31-32; 11, 1).
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