Naqueles dias, 4Elias entrou deserto adentro e caminhou o dia todo. Sentou-se finalmente debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”. 5E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” 6Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado debaixo da cinza e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir 7Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”. 8Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, * seu louvor estará sempre em minha boca. 3Minha alma se gloria no Senhor; * que ouçam os humildes e se alegrem! 4Comigo engrandecei ao Senhor Deus, * exaltemos todos juntos o seu nome! 5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, * e de todos os temores me livrou. 6Contemplai a sua face e alegrai-vos, * e vosso rosto não se cubra de vergonha! 7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, * e o Senhor o libertou de toda angústia. 8O anjo do Senhor vem acampar * ao redor dos que o temem, e os salva. 9Provai e vede quão suave é o Senhor! * Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Irmãos: 30Não contristeis o Espírito Santo com o qual Deus vos marcou como com um selo para o dia da libertação. 31Toda a amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda espécie de maldade. 32Sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor.
Naquele tempo, 41os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” 43Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus.’ Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê em mim, possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste Domingo fez uma das mais explícitas e categóricas declarações a respeito da natureza divina de Jesus. Todas as leituras vêm ao encontro das palavras de Jesus no seu Evangelho, no qual ele fez um dos discursos mais importantes da sua pregação evangélica: Declarando-se, com todas as letras, que ele era o Senhor e Salvador, o Filho de Deus que veio a este mundo!
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus Cristo fez um dos discursos mais importantes de sua pregação evangélica. Na verdade, foi a primeira vez que Jesus falou publicamente a respeito de sua natureza divina, revelando explicitamente a sua condição de Filho de Deus. Foi neste discurso que Jesus, utilizando-se da imagem do pão, logo após ter feito o milagre da multiplicação dos pães, ele se declarou dizendo: “Eu sou o pão que desceu do céu” (Jo 6, 41).
E, vendo que os judeus o contestavam, dentre os quais muitos que o conheciam como um homem comum, Jesus percebeu que este era o momento favorável para desafiá-los na fé. Ele mesmo convidava aquela multidão de judeus, pela sua pregação, a se despertar na fé, afim de que acreditasse que este homem Jesus Cristo, teria vindo de Deus. Ele, o Senhor, ia inspirando a sua graças em seus corações, e externamente ia instruindo e iluminando as suas mentes, para que acreditassem nas suas palavras. Numa linguagem bem simples, ele dizia e argumentava: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus.’ Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai” (Jo 6, 44-46).
Por fim, ele disse algo realmente extraordinário! Em poucas palavras, Jesus Cristo disse que ele viera dos céus, de junto de Deus, para conduzir aos céus, na vida eterna, todos aqueles que acreditasse nele e no pão de suas palavras, dizendo: “Em verdade, em verdade vos digo, quem crê em mim, possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (Jo 6, 47-47-51). Portanto, Jesus Cristo era, verdadeiramente, o nosso Senhor e o nosso Salvador, que devia vir a este mundo para nos conduzir a Deus!
Para confirmar os judeus nesta fé, afim de que eles acolhessem Jesus como Senhor e Salvador, o profeta Davi os conclamava, dizendo: “Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio” (Sl 33, 4; 8-9)!
Por fim, São Paulo, convocando os cristãos de Éfeso a renovarem sua fé e seu amor a Cristo, como seu Senhor e Salvador, dizia-lhes: “Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor” (Ef 5, 1-2).
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