Moisés falou ao povo, dizendo: “Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida pelo Senhor Deus de vossos pais. 2Nada acrescenteis, nada tireis, à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo. 6Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ 7Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? 8E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?”
Senhor, quem morará em vossa casa e no vosso monte santo, habitará? 2É aquele que caminha sem pecado* e pratica a justiça fielmente; 3que pensa a verdade no seu íntimo * e não solta em calúnias sua língua. Que em nada prejudica o seu irmão,* nem cobre de insultos seu vizinho; 4que não dá valor algum ao homem ímpio,* mas honra os que respeitam o Senhor. 5Não empresta o seu dinheiro com usura, † nem se deixa subornar contra o inocente.* Jamais vacilará quem vive assim!
Irmãos bem-amados: 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação. 18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas. 21Recebei com humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de salvar as vossas almas. 22Todavia, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. 27Com efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai, é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.
Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” 6Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. 14Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: 15o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 21Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste Domingo nos garante que a Palavra de Deus que foi transmitida ao Povo da Antiga Aliança, por meio de Moisés, era a mesmíssima Palavra de Deus que foi anunciada ao Povo da Nova Aliança, proclamada por nosso Senhor Jesus Cristo. Os preceitos e mandamentos que Deus ensinou ao Povo de Israel, através de Moisés, eram, na verdade, os mesmos mandamentos e preceitos que Jesus Cristo transmitiu aos seus discípulos e à sua Igreja.
Assim sendo, caros irmãos, no mesmo instante em que Deus promulgou os mandamentos ao Povo de Israel, foi-lhes, também, oferecida uma promessa; sob a condição de cumprirem os seus preceitos. A promessa, extremamente atraente, servia como uma forte motivação para que todo o povo se animasse a cumprir estes árduos mandamentos que Deus acabava de lhes dar. Por isso, Deus lhes disse: “Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida pelo Senhor Deus de vossos pais. Nada acrescenteis, nada tireis, à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo” (Dt 4, 1-2).
No salmo 14, por sua vez, aquela promessa da Terra Prometida, foi modificada pelas “Moradas de Deus”, lá na Jerusalém Celeste, “o Monte Santo”! Esta seria a recompensa que Deus daria a todos os justos e àqueles que cumprissem os mandamentos de Deus, afastando-se de todo pecado. Conforme as palavras do profeta que disse: “Senhor, quem morará em vossa casa e no vosso monte santo, habitará? É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua” (Sl 14, 1-3).
Junto com a promessa de viver perpetuamente na “Terra Prometida”, ou no “Monte Santo da Jerusalém Celeste”, Deus ainda acrescentou, dizendo ao povo de Israel o seguinte: Que estes preceitos e mandamentos divinos eram os mais sábios e inteligentes, e que o faria alcançar o mais alto nível de civilidade e justiça, dentre todas as nações do mundo. Estes preceitos tão sábios transformariam aquele povo rude e embrutecido pelo pecado, a viver uma vida de justiça e santidade. Por isso, disse-lhes Moisés: “Vós guardareis estes mandamentos, pois, e os poreis em prática, porque neles estará a vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos” (Dt 4, 6-8)?
Jesus Cristo, mais tarde, corrigindo as distorções e perversidades dos escribas e fariseus, que ensinavam ao povo judeu de viver uma vida hipócrita, levando-o a negligenciar os mandamentos divinos em favor de tradições humanas, que nada valiam; pois, aquelas tradições e práticas de purificações do corpo não justificavam e nem santificavam o coração do homem. Por isso, Jesus lhes disse: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem” (Mc 7, 6-8; 14-15; 21-23).
Por fim, São Tiago, proclamando os seu Evangelho aos cristãos, concluiu dizendo: “De livre vontade, Deus nosso Senhor nos gerou pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas. Recebei com humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de salvar as vossas almas. Todavia, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1, 18; 21-22).
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