Assim diz o Senhor: 25Vós andais dizendo: “A conduta do Senhor não é correta. Ouvi, vós da casa de Israel: É a minha conduta que não é correta, ou antes é a vossa conduta que não é correta? 26Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. 27Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. 28Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”.
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,* c e fazei-me conhecer a vossa estrada! 5Vossa verdade me oriente e me conduza, † porque sois o Deus da minha salvação; * em vós espero, ó Senhor, todos os dias! 6Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura * e a vossa compaixão que são eternas! 7Não recordeis os meus pecados quando jovem, * nem vos lembreis de minhas faltas e delitos! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia * e sois bondade sem limites, ó Senhor! 8O Senhor é piedade e retidão, * e reconduz ao bom caminho os pecadores. 9Ele dirige os humildes na justiça, *
e aos pobres ele ensina o seu caminho.
Irmãos: 1Se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, 4e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro. 5Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor!”
— para a glória de Deus Pai.
Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os obradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo, nosso Senhor! A liturgia da Palavra deste domingo nos propõe um elegante e generoso convite à conversão dos pecadores e, ao mesmo tempo ela apresenta algumas virtudes que devem ser aplicadas na vida de quem estiver no caminho da justiça da salvação. Mas, poderíamos objetar, dizendo: “eu que sou pecador, sou, por acaso, obrigado a me arrepender e de mudar de vida? Por que a Liturgia da Palavra se intromete em minha vida, acusando-me de pecador, se eu estou convencido que os meus pecados não prejudicam nem a mim e nem aos outros? Sim, é bem verdade que nem todos os pecados que se comete nesta vida, prejudicam a nós mesmos ou aos outros que convivem conosco neste mundo. Os prejuízos do pecado não são percebidos nesta vida atual, mas naquela vida futura, depois da morte. Pois ele nos provoca um prejuízo terrível ao sermos condenados a uma morte eterna, nos infernos. Pois, “quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre” (Ez 18, 26). E por sua vez, “quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá” (Ez 18, 27-28). Portanto, o pecador que se converte e acredita na palavra de Deus que o convocou à conversão, haverá de entrar no Reino de Deus. Isto serve tanto aos pecadores descarados – como é o caso dos ladrões e das prostitutas -, quanto ao pecadores dissimulados e hipócritas, que não reconhecem os seus pecados. Jesus convocava a todos ao arrependimento, para que todos alcançassem o Reino de Deus, conforme as palavras de Jesus dirigida aos sumos sacerdotes e ao anciãos, dizendo: “Em verdade vos digo, que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele” (Mt 21, 31-32). E, todos aqueles que se converteram e foram perdoados de seus pecados, deverão perseverar até o fim, nas práticas do direito e da justiça. Conduzindo, assim, a sua vida com os olhos e o coração voltados para Deus, dizendo: “O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho” (Sl 24, 8-9). Ou como nos exortava São Paulo, a imitar a Jesus Cristo, dizendo: “Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome” (Fl 2, 5-9).
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