“Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”.
Deus é Rei e se vestiu de majestade, * revestiu-se de poder e de esplendor! Vós firmastes o universo inabalável, † 2vós firmastes vosso trono desde a origem, * desde sempre, ó Senhor, vós existis! 5Verdadeiros são os vossos testemunhos, † refulge a santidade em vossa casa, * pelos séculos dos séculos, Senhor!
Jesus Cristo, é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra. A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados 6e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém. 7Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim. Amém! 8“Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso”.
Naquele tempo, 33Pilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” 34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?” 35Pilatos falou: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”. 36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. 37Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste último Domingo do Tempo Comum celebra a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo!
Realmente, caros irmãos, se quisermos enxergar em Jesus Cristo um rei semelhante aos reis, governantes, presidentes ou imperadores deste mundo, ficaremos tão confusos e atrapalhados como ficou Pilatos diante de Jesus. Pois, Pilatos, um pagão e governador da província romana da Judeia, estava ali diante de Jesus Cristo para julgá-lo. E ele sabia que as acusações contra Jesus eram falsas. Pois, a principal acusação era de que ele se dizia rei dos judeus. Mas isto parecia um delírio! Nada do que ele estava vendo poderia sugerir que este homem fosse um rei! “Pilatos, então, chamou Jesus e perguntou-lhe: ‘Tu és o rei dos judeus'” (Jo 18, 33)? Ao invés de responder diretamente a pergunta, Jesus respondeu-lhe com uma outra pergunta. E depois explicou-lhe qual era a verdadeira natureza de sua condição real, dizendo: “‘O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui’. Pilatos disse a Jesus: ‘Então tu és rei?’ Jesus respondeu: ‘Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz'” (Jo 18, 36-37).
Portanto, Jesus veio a este mundo para inaugurar um modo totalmente original e peculiar de exercer o poder régio, não somente para ser o rei dos judeus, mas para ser rei de todos os povos da terra, investido de uma realeza universal e eterna. Isto era algo inimaginável; era coisa que nunca existira antes! Por isso, Jesus Cristo, a partir de então, seria um Rei que governaria o mundo inteiro, a partir de sua Igreja, reservando para si um poder régio misterioso, de caráter essencialmente espiritual e religioso. Depois de sua ressurreição e ascensão ao céu, ele passou a governar os povos do mundo inteiro – unido à sua Igreja -, lá dos céus, exercendo a sua majestade real com um poder universal e divino. Como disse o Apóstolo João, no Livro do Apocalipse: “Jesus Cristo, é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra. A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém” (Ap 1, 5-6).
Contudo, Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador, haveria de se manifestar em sua plena majestade e glória de Rei do Universo somente naquele último dia, quando aconteceria o Juízo Final, conforme as profecias do Apóstolo João e do profeta Daniel. João, no Livro do Apocalipse, nos revelou o seguinte: “Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim. Amém! ‘Eu sou o Alfa e o Ômega’, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso” (Ap 1, 7-8). E o profeta Daniel praticamente repetiu as mesmas palavra de João, dizendo: “Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”( Dn 7, 13-14).
Assim sendo, caros irmãos, tendo sido revelado a nós o nosso Rei Senhor e Salvador Jesus Cristo, podemos juntos louvá-lo e bendize-lo, dizendo: “Deus é Rei e se vestiu de majestade, revestiu-se de poder e de esplendor! Vós firmastes o universo inabalável, vós firmastes vosso trono desde a origem, desde sempre, ó Senhor, vós existis! Verdadeiros são os vossos testemunhos, refulge a santidade em vossa casa, pelos séculos dos séculos, Senhor” (Sl 92, 1-2; 5)!
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