Disseram a mim, João: 4“Essas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão diante do Senhor da terra. 5Se alguém quiser fazer-lhes mal, um fogo sairá da boca delas e devorará seus inimigos. Sim, se alguém quiser fazer-lhes mal, é assim que vai morrer. 6Elas têm o poder de fechar o céu, de modo que não caia chuva alguma enquanto durar a sua missão profética. Elas têm também o poder de transformar as águas em sangue. E quantas vezes elas quiserem, podem ferir a terra com todo tipo de praga. 7Quando elas terminarem o seu testemunho, a besta que sobe do Abismo vai combater contra elas, vai vencê-las e matá-las. 8E os cadáveres das duas testemunhas vão ficar expostos na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egito, e na qual foi crucificado também o Senhor delas. 9Gente de todos os povos, raças, línguas e nações, verão seus cadáveres durante três dias e meio, e não deixarão que os corpos sejam sepultados. 10Os habitantes da terra farão festa pela morte das testemunhas; felicitar-se-ão e trocarão presentes, pois estes dois profetas estavam incomodando os habitantes da terra”. 11Depois dos três dias e meio, um sopro de vida veio de Deus, penetrou nos dois profetas e eles ficaram de pé. Todos aqueles que os contemplavam, ficaram com muito medo. 12Ouvi então uma voz forte vinda do céu e chamando os dois: “Subi para aqui!” Eles subiram ao céu, na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando.
Bendito seja o Senhor, meu rochedo, † que adestrou minhas mãos para a luta, * e os meus dedos treinou para a guerra! 2Ele é meu amor, meu refúgio, * libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, * ele submete as nações a meus pés. 9Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, * nas dez cordas da harpa louvar-vos, 10a vós que dais a vitória aos reis * e salvais vosso servo Davi.
Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão’. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. 34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos mostra Jesus Cristo e os seus profetas dando um convicto e lúcido testemunho de sua fé e de sua esperança na ressurreição dos mortos e na salvação eterna.
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus Cristo deu um dos mais belos testemunhos sobre a ressurreição dos mortos e sobre a vida eterna daqueles que foram dignos de serem salvos. Depois de ser questionado pelos saduceus sobre ressurreição dos mortos, Jesus explicou-lhes, em poucas palavras, os fundamentos doutrinais da nossa fé e da nossa esperança na ressurreição e na vida eterna, dizendo: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” (Lc 20, 34-38).
São João, descrevendo uma visão divina, no seu livro do Apocalipse, apresentou o testemunho de dois profetas que haveriam de surgir num tempo futuro, de grandes perturbações e de tumultos no mundo inteiro. Eles deveriam passar por inúmeras provações e tribulações, provocadas por seus adversários que os odiavam, pelo simples fato de serem profetas que denunciavam os seus pecados. Por isso, São João falando a respeito destes homens de Deus, disse: “Essas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão diante do Senhor da terra. Quando elas terminarem o seu testemunho, a besta que sobe do Abismo vai combater contra elas, vai vencê-las e matá-las. E os cadáveres das duas testemunhas vão ficar expostos na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egito, e na qual foi crucificado também o Senhor delas. Os habitantes da terra farão festa pela morte das testemunhas; felicitar-se-ão e trocarão presentes, pois estes dois profetas estavam incomodando os habitantes da terra” (Ap 11, 4; 7-8; 10). Porém, no final de tudo, Deus viria em socorro dos profetas para dar-lhes a salvação, conduzindo-os junto a si no Reino dos Céus, como disse João: “Ouvi então uma voz forte vinda do céu e chamando os dois: “Subi para aqui!” Eles subiram ao céu, na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando” (Ap 11, 12).
Finalmente, caros irmãos, para expressar a sua confiança em Deus, o Profeta cantava com alegria e gratidão pela proteção e amparo recebido do Senhor, em meio às lutas ao enfrentar tantos perigos e adversários neste mundo. E ele acreditava que no final de tudo haveria de ser coroado com a salvação eterna, dizendo: “Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra! Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero. Pois sois vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi” (Sl 143, 1-2; 10).
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