Irmãos, 1É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão. 2Eis que eu, Paulo, vos digo que Cristo não será de nenhum proveito para vós, se vos deixardes circuncidar. 3Mais uma vez, atesto a todo homem circuncidado que ele está obrigado a observar toda a Lei. 4Vós que procurais a vossa justificação na Lei, rompestes com Cristo, decaístes da graça. 5Quanto a nós, que nos deixamos conduzir pelo Espírito, é da fé que aguardamos a justificação, objeto de nossa esperança. 6Com efeito, em Jesus Cristo, o que vale é a fé agindo pela caridade; observar ou não a circuncisão não tem valor algum.
Senhor, que desça sobre mim a vossa graça * e a vossa salvação que prometestes! 43Não retireis vossa verdade de meus lábios, * pois eu confio em vossos justos julgamentos! 44Cumprirei constantemente a vossa lei; * para sempre, eternamente a cumprirei! 45É amplo e agradável meu caminho, * porque busco e pesquiso as vossas ordens. 47Muito me alegro com os vossos mandamentos, * que eu amo, amo tanto, mais que tudo! 48Elevarei as minhas mãos para louvar-vos * e com prazer meditarei vossa vontade.
Naquele tempo, 37enquanto Jesus falava, um fariseu convidou-o para jantar com ele. Jesus entrou e pôs-se à mesa. 38O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos antes da refeição. 39O Senhor disse ao fariseu: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. 40Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? 41Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos exorta a perseverarmos firmes na Palavra do Senhor e nos seus preceitos, sem deixar-nos seduzir pelo fingimento e pela hipocrisia. Pois, aqueles que se preocupam apenas com os seus atos exteriores e se descuidam dos interiores, querem ser bem vistos pelos homens, mas não se importam com a sua salvação e nem com aquilo que Deus vê.
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus entrando em polêmica com um fariseu, contestou-lhe o modo dos fariseus e mestres da Lei interpretarem e aplicarem a Lei de Moisés. Pois, segundo Jesus, eles interpretavam de forma distorcida a Lei, e a aplicavam de forma hipócrita. Pois, os fariseus e mestres da Lei, com o passar do tempo, passaram a dar grande valor às atitudes exteriores e às práticas rituais da Lei; mostrando-se sempre muito mais preocupados em dar satisfação dos seus atos aos homens, do que a Deus. Por outro lado, eles não se importavam com o seu interior, descuidando-se das coisas espirituais, sem se preocupar com aquilo que Deus via. Por isso, Jesus disse ao fariseu: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós” (Lc 11, 39-41). Ou seja, a Lei de Deus tinha a finalidade primordial de provocar no homem a prática das boas obras e evitar todo tipo de pecado. Portanto, eles estavam, de fato, desvirtuando e pervertendo a Lei de Deus, ao tratarem-na com fingimento e hipocrisia.
São Paulo, caros irmãos, estava muito preocupado com os cristãos da Galácia, sobretudo com aqueles vindos do judaísmo, que ameaçavam abandonar o cristianismo e retornar às praticas da Lei judaica. Eles estavam muito confusos e perturbados diante das pregações feitas por certos cristão judaizantes. Por isso, Paulo lhes disse: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que Cristo não será de nenhum proveito para vós, se vos deixardes circuncidar. Vós que procurais a vossa justificação na Lei, rompestes com Cristo, decaístes da graça. Quanto a nós, que nos deixamos conduzir pelo Espírito, é da fé que aguardamos a justificação, objeto de nossa esperança” (Gl 5, 1-2; 4-5).
Tanto Jesus Cristo, quanto São Paulo, caros irmãos, queriam que os seus discípulos fossem íntegros na sua conduta, seguindo os mandamentos divinos com todo o rigor, para serem agradáveis aos olhos de Deus e obterem dele a salvação, assim como dizia o profeta: “Senhor, que desça sobre mim a vossa graça e a vossa salvação que prometestes! Não retireis vossa verdade de meus lábios, pois eu confio em vossos justos julgamentos! Cumprirei constantemente a vossa lei; para sempre, eternamente a cumprirei! É amplo e agradável meu caminho, porque busco e pesquiso as vossas ordens. Muito me alegro com os vossos mandamentos, que eu amo, amo tanto, mais que tudo” (Sl 118, 41; 43-45; 47)!
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