Ai dos que tramam a iniquidade e se ocupam de maldades ainda em seus leitos! Ao amanhecer do dia, executam tudo o que está em poder de suas mãos. 2Cobiçam campos, e tomam-nos com violência, cobiçam casas, e roubam-nas. Oprimem o dono e sua casa, o proprietário e seus bens. 3Isto diz o Senhor: “Eis que tenciono enviar sobre esta geração perversa uma desgraça de onde não livrareis vossos pescoços; não podereis andar de cabeça erguida, porque serão tempos desastrosos. 4Naquele dia, sereis assunto de uma alegoria, de uma canção triste que diz: ‘Fomos inteiramente devastados; a parte de meu povo que passou a outro por ninguém lhe será restituída; os nossos campos são repartidos entre infiéis’. 5Por isso, não terás na assembleia do Senhor quem meça com cordel as porções consignadas por sorte”.
Ó Senhor, por que ficais assim tão longe, * e, no tempo da aflição, vos escondeis, 2enquanto o pecador se ensoberbece, * o pobre sofre e cai no laço do malvado? 3O ímpio se gloria em seus excessos, * blasfema o avarento e vos despreza; 4em seu orgulho ele diz: “Não há castigo! * Deus não existe!” 5É isto mesmo que ele pensa. 7Só há maldade e violência em sua boca, * em sua língua, só mentira e falsidade. 8Arma emboscadas nas saídas das aldeias, * mata inocentes em lugares escondidos. 12O Senhor não se esquece do clamor dos aflitos. 14Vós, porém, vedes a dor e o sofrimento, * vós olhais e tomais tudo em vossas mãos! A vós o pobre se abandona confiante, * sois dos órfãos vigilante protetor.
Naquele tempo, 14os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. 19Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos revela que o mistério da iniquidade se manifesta neste mundo, de tempos em tempos, de uma forma mais envolvente e assustadora. Conseguindo, assim, arrebatar inúmeras pessoas que se deixam seduzir pelo mal, para praticarem todo tipo de iniquidades e perversidades.
O profeta Miqueias ficou apavorado diante do grande número de pessoas que apareceram no meio do povo de Israel apresentando um comportamento extremamente abusivo e arrogante, demonstrando um grau de iniquidade assustador. A vida tornara-se impraticável e insuportável, diante do grande número de delinquentes que praticavam toda sorte de iniquidades e perversidades, sem motivo aparente. Pois, cometiam tais atos unicamente com o intuito de fazer o mal. Entretanto, Deus não os deixaria impunes e tais homens iníquos não haveriam de prevalecer, como disse o profeta: “Ai dos que tramam a iniquidade e se ocupam de maldades ainda em seus leitos! Ao amanhecer do dia, executam tudo o que está em poder de suas mãos. Cobiçam campos, e tomam-nos com violência, cobiçam casas, e roubam-nas. Oprimem o dono e sua casa, o proprietário e seus bens. Isto diz o Senhor: “Eis que tenciono enviar sobre esta geração perversa uma desgraça de onde não livrareis vossos pescoços; não podereis andar de cabeça erguida, porque serão tempos desastrosos. Naquele dia, sereis assunto de uma alegoria, de uma canção triste que diz: ‘Fomos inteiramente devastados” (Mq 2, 1-4).
O Salmista também nos lembrou de uma situação semelhante aquele que foi visto nos tempos do profeta Miqueias, no qual os iníquos e os perversos andavam de tal modo altivos e arrogante, afrontando a todos, inclusive a Deus. Entretanto, o pobre e o servo do Senhor não deveriam de deixar -se abater diante destes valentões, porque Deus haveria de socorrê-los. Por isso, o Salmista clamava a Deus, dizendo: “Ó Senhor, por que ficais assim tão longe, e, no tempo da aflição, vos escondeis; enquanto o pecador se ensoberbece, o pobre sofre e cai no laço do malvado? O ímpio se gloria em seus excessos, blasfema o avarento e vos despreza; em seu orgulho ele diz: “Não há castigo! Deus não existe!” É isto mesmo que ele pensa. Só há maldade e violência em sua boca, em sua língua, só mentira e falsidade. Arma emboscadas nas saídas das aldeias, mata inocentes em lugares escondidos. O Senhor não se esquece do clamor dos aflitos” (Sl 9B, 1-5; 7-8; 12).
Enfim, caros irmãos, nos deparamos com uma outra situação em que o mistério da iniquidade se escancarou em toda sua ferocidade e perversidade. Isto se deu quando Jesus Cristo estava chegando ao final de sua obra missionária; naquele momento Jesus percebeu que os seus adversários não disfarçavam mais a sua aversão e as suas hostilidades contra ele. Era crescente o número de pessoas, sobretudo da parte das autoridades religiosas judaicas, que alimentavam uma inveja e um ódio extremamente agressivo e iníquo contra Jesus, ao ponto de planejarem a sua morte.
Por isso, Jesus teve que tomar algumas providências para não provocá-los ainda mais, nas suas más intensões. Pois, naqueles dias Jesus soube que “os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão a sua esperança” (Mt 12, 14-21).
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