Assim diz o Senhor: 11“Naquele dia, reerguerei a tenda de Davi, em ruínas, e consertarei seus estragos, levantando-a dos escombros, e reconstruindo tudo, como nos dias de outrora; 12deste modo possuirão todos o resto de Edom e das outras nações, que são chamadas com o meu nome, diz o Senhor, que tudo isso realiza. 13Eis que dias virão, diz o Senhor, em que se seguirão de perto quem ara e quem ceifa, o que pisa as uvas e o que lança a semente; os montes destilarão vinho e as colinas parecerão liquefazer-se. 14Mudarei a sorte de Israel, meu povo, cativo; eles reconstruirão as cidades devastadas, e as habitarão, plantarão vinhas e tomarão o vinho, cultivarão pomares e comerão seus frutos. 15Eu os plantarei sobre o seu solo e eles nunca mais serão arrancados de sua terra, que eu lhes dei”, diz o Senhor teu Deus.
Quero ouvir o que o Senhor irá falar: * é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, * para os que voltam ao Senhor seu coração. 11A verdade e o amor se encontrarão, * a justiça e a paz se abraçarão; 12da terra brotará a fidelidade, * e a justiça olhará dos altos céus. 13O Senhor nos dará tudo o que é bom, * e a nossa terra nos dará suas colheitas; 14a justiça andará na sua frente * e a salvação há de seguir os passos seus.
Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” 15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão. 16Ninguém coloca remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. 17Também não se coloca vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se coloca em odres novos, e assim os dois se conservam”.
Caríssimos irmãos e irmãs, em Cristo nosso Senhor! A Liturgia da Palavra de hoje nos revela que o Reino de Deus, que Jesus Cristo inaugurou neste mundo, não era uma realidade palpável e material, mas era um mistério de fé e espiritual. Por isso, tanto Jesus como Rei – que haveria de restaurar o trono de Davi -, quanto este reino de Jesus aqui neste mundo eram percebidos apenas pela fé, e não pela visão.
O profeta Amós falava ao Povo de Israel para que ele recobrasse o ânimo, pois, num tempo futuro Deus haveria de reconstruir o Reino de Israel. Amós falava isto num tempo em que o Povo de Israel vivia em meio a grandes angústias e sofrimentos, pois tinha acabado de ser invadido por povos estrangeiros e que estava sendo devastado pela guerra e pela opressão. Por isso, o profeta lhes dizia: “Naquele dia, reerguerei a tenda de Davi, em ruínas, e consertarei seus estragos, levantando-a dos escombros, e reconstruindo tudo, como nos dias de outrora; Mudarei a sorte de Israel, meu povo, cativo; eles reconstruirão as cidades devastadas, e as habitarão, plantarão vinhas e tomarão o vinho, cultivarão pomares e comerão seus frutos” (Am 9, 11; 14).
Estes tempos novos, de paz e de prosperidade para Israel, na verdade nunca voltaram a acontecer daquela mesma forma como nos tempos antigos, quando o Reino de Israel era próspero e poderoso. Porém, misteriosamente, nos tempos de Jesus havia paz e tranquilidade, tanto nas regiões da Galileia e da Samaria – o antigo Reino de Israel -, quanto na Judeia – o antigo Reino de Judá. Sob os olhares vigilantes do Bom Pastor e Rei do Universo, o nosso Senhor Jesus Cristo, a certo modo a profecia se cumpria, conforme os desígnios de Deus, de acordo com as palavras do profeta Amós, que dizia: “Eis que dias virão, diz o Senhor, em que se seguirão de perto quem ara e quem ceifa, o que pisa as uvas e o que lança a semente; os montes destilarão vinho e as colinas parecerão liquefazer-se. Mudarei a sorte de Israel, meu povo, cativo; eles reconstruirão as cidades devastadas, e as habitarão, plantarão vinhas e tomarão o vinho, cultivarão pomares e comerão seus frutos” (Am 9, 13-14).
Jesus, quando estava no meio do povo Judeu, realizando o seu divino pastoreio e a sua missão de alimentar as suas ovelhas com o pão da Palavra do seu Evangelho, acreditava que Israel estava revivendo um tempo de prosperidade e paz. Jesus Cristo era, na verdade, o legítimo herdeiro do trono de Davi – ou o Noivo, como a si mesmo se denominava – e a multidão de seus discípulos formava o seu Reino. E enquanto ele, o Noivo, estivesse no meio do seu povo, não se devia jejuar, mas alegrar-se e fazer festa. Porém, tudo deveria ser feito com moderação e bom senso. Por isso, Jesus disse: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão” (Mt 9, 15).
Estes tempos novos e este novo Reino instaurados por Cristo era muito diferente de qualquer reino aqui neste mundo. Este Reino de Cristo abria uma nova perspectiva de vida para toda a humanidade, uma nova esperança, um novo tempo e um novo Reino que se estendia por toda a eternidade, no Reino dos Céus. Por isso, podemos cantar junto com o salmista, dizendo: “Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus” (Sl 84, 10-11; 14).
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