Um anjo falou comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, * e os vossos santos com louvores vos bendigam! 11Narrem a glória e o esplendor do vosso reino * e saibam proclamar vosso poder! 12Para espalhar vossos prodígios entre os homens * e o fulgor de vosso reino esplendoroso. 13O vosso reino é um reino para sempre, * vosso poder, de geração em geração. 17É justo o Senhor em seus caminhos, * é santo em toda obra que ele faz. 18Ele está perto da pessoa que o invoca, * de todo aquele que o invoca lealmente.
Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje celebra a festa do Apóstolo São Bartolomeu, que São João o chamou de Natanael. Este foi aquele apóstolo que Jesus deu um testemunho formidável sobre a sua piedade e o seu caráter, dizendo: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade” (Jo 1, 47).
Tudo o que sabemos, com certeza, sobre a vida de Bartolomeu vem dos textos evangélicos, especialmente do Evangelho de São João, que narrou a sua vocação de modo detalhado. Outros esparsos testemunhos sobre a sua vida, encontramos em algumas tradições que foram transmitidas pelas primeiras comunidades pós-apostólicas. Sabemos, contudo, que São Bartolomeu era um pescador de Caná da Galileia, e que conhecia alguns outros apóstolos que se dedicavam à mesma profissão. Bartolomeu mostrou no diálogo que João apresentou no seu Evangelho, que ele conhecia bem Nazaré, situada a apenas 8 km de distância, mas não confiava naqueles montanheses. Por isso, era um pouco cético quando o seu amigo Filipe lhe falou sobre Jesus.
É interessante, caros irmãos, o diálogo que aconteceu entre Bartolomeu, Felipe e Jesus Cristo, no qual encontramos o único testemunho que ficou registrado sobre este Apóstolo. São João, que o chamava de Natanael – e que mais tarde o próprio Jesus lhe daria o nome de Bartolomeu – apresentou-o no início do seu Evangelho; naquela mesma ocasião em que Jesus o chamou para fazer parte do grupo dos Doze Apóstolos. Então, conforme as palavras de João, que disse: “Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás (Jo 1, 45-50)!
Nesta apresentação que São João fez do Apóstolo São Bartolomeu, nós devemos destacar a límpida e surpreendente fé deste apóstolo, tornando-se, assim, o primeiro a professar a fé na divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, quando ele disse: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (Jo 1, 49). E Jesus, muito satisfeito com esta declaração de fé, confirmou a sua profissão de fé na sua divindade, por tê-lo reconhecido como o Filho de Deus, dizendo-lhe: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás (Jo 1, 50)!
Assim sendo, depois de ter dito isto a Bartolomeu, Jesus se dirigiu aos outros apóstolos que ali estavam reunidos, e disse-lhes: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo 1, 51). Por isso, São Bartolomeu também teve a graça de ver, de forma antecipada, a glória de Cristo no Reino dos Céus, da mesma forma como João viu. Conforme o testemunho de João, no Livro do Apocalipse, ele disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, brilhando com a glória de Deus” (Ap 21, 9-11). E, no meio desta visão da glória do Reino dos Céus, São Bartolomeu viu inscrito o seu nome registrado numa das Doze Colunas, como disse João: “A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21, 14).
Desta forma, o Apóstolo São Bartolomeu, partilhando da glória divina e da bem-aventurança no Reino dos Céus, canta os louvores do Senhor, dizendo: “Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração” (Sl 144, 10-13).
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