O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo, – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais – tu os abateste como na jornada de Madiã. 4Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas. 5Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz. 6Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar estas coisas.
Louvai, louvai, ó servos do Senhor, * louvai, louvai o nome do Senhor! 2Bendito seja o nome do Senhor, * agora e por toda a eternidade! 3Do nascer do sol até o seu ocaso, * louvado seja o nome do Senhor! 4O Senhor está acima das nações, * sua glória vai além dos altos céus. 5Quem pode comparar-se ao nosso Deus, † ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono * 6e se inclina para olhar o céu e a terra? 7Levanta da poeira o indigente * e do lixo ele retira o pobrezinho, 8para fazê-lo assentar-se com os nobres, * assentar-se com os nobres do seu povo.
Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra desta santa missa proclama Maria, a Mãe de Deus, como Rainha do céu e da terra.
A Virgem Maria, no momento da anunciação, recebeu, da parte de Deus, uma missão muito especial. O anjo Gabriel então lhe disse: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1, 31-33). Ou seja, ao ser-lhe anunciado que haveria de conceber um filho marcado com o sinal da realeza, na condição de Filho do Altíssimo e filho de Davi, automaticamente ela também foi elevada à mesma dignidade real. Maria, tornando-se mãe deste Rei Jesus Cristo, que haveria de herdar o trono messiânico de Davi, também devia participar da mesma majestade do filho, recebendo o título de Rainha.
Por isso, desde os tempos mais remotos, a Igreja reverenciou a Virgem Mãe de Deus como rainha, chamando-a com o honroso título de “Rainha da Igreja”, ou “Rainha do céu e da terra” . Todos os louvores dados ao nosso Rei Jesus Cristo, o Filho do Altíssimo e filho de Davi, também deviam ser dirigidos à sua mãe, Maria Santíssima, conforme as palavras do profeta Isaías, que disse: “Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz. Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre” (Is 9, 5-6).
Assim como Jesus Cristo se tornou rei de um reino eterno, “no qual ele reinaria para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não teria fim”, também Maria deveria acompanhá-lo neste mesmo reinado eterno (Lc 1, 33). Por isso, aquela que foi proclamada rainha aqui na terra, deveria ser coroada rainha lá no céu. Os mesmos louvores e honras dirigidas ao Rei da Glória – o nosso Senhor Jesus Cristo, Filho do Altíssimo e filho de Davi – também deveriam ser dirigidos à sua Mãe Santíssima – a Bem-aventurada Rainha do céu e da terra -, que está sentada num trono de glória, à direita do Senhor. Por isso os louvores dados ao Cristo-Rei também se aplicam à Rainha-Mãe, como proclamava o Salmista, dizendo: “Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade! Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus. Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra” (Sl 112, 1-6)?
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